Desde 2012, o Instituto do Câncer de São Paulo (Icesp) realiza um desfile mais que especial. Os modelos são pacientes. Lá, a moda vai além do tradicional, ela transforma a autoestima de pessoas em tratamento contra o câncer.
Os modelos são 24 pacientes acompanhados no Instituto do Câncer de São Paulo. Antes do desfile: maquiagem e os ajustes finais. E na hora em que eles pisam na passarela, o corpo e a roupa expressam que a vida deles vai muito além da doença.
“Como é um tratamento sofrível, difícil, que a nossa autoestima cai. Então, estar em um evento desse, poder desfilar, poder fazer algo assim é gratificante”, disse a empresária Monise Lagos. As roupas foram confeccionadas em papel por estudantes de moda.
No desfile, só que os modelos carregam sinos. No universo do tratamento de câncer, as badaladas tem um significado muito grande. É comum tocar o objeto para comemorar o fim de uma etapa do tratamento, como radioterapia.
O desfile anual acontece desde 2012 e reforça a conscientização de duas campanhas: Outubro Rosa e o câncer de mama, e o Novembro Azul para o de próstata. “É um momento de valorização do indivíduo, de reintegração com a sociedade, quebrando barreiraras”, declarou William Nahas, presidente do Conselho Diretor do Icesp
O Instituto do Câncer de São Paulo é o maior hospital oncológico com foco em saúde pública da América Latina. Está localizado na região central da capital e integra o complexo do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP). Inaugurado em maio de 2008, já atendeu cerca de 130 mil pacientes. Atualmente, possui uma média anual de 36 mil pacientes ativos (em tratamento e acompanhamento), sendo oito mil novos pacientes por ano.