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Data: 06/05/2024

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ONG AMÉRICAS AMIGAS INICIA PROGRAMA DE COMBATE A CÂNCER DE MAMA NA REGIÃO PARAENSE DE AFUÁ E ILHAS DO ENTORNO

O município paraense de Afuá, distante a 84 km de Macapá (AP) e a 320 km da capital Belém1, registra IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) considerado “muito baixo”2classificado entre os menores do país

– Segundo dados do IBGE3não há nenhum mamógrafo disponível na região – este equipamento é fundamental para o diagnóstico do câncer de mama – a principal causa de mortalidade de mulheres por câncer 5

– Iniciativa da Américas Amigas prevê capacitação de agentes comunitários de saúde da região para proporcionar informação sobre a doença para a população local e acesso a exames de diagnóstico de câncer de mama, com apoio das prefeituras locais e Marinha do Brasil, que conta com mamógrafo doado pelas Américas Amigas

SÃO PAULO30 de abril de 2024 /PRNewswire/ — Com o objetivo de contribuir para a redução da mortalidade por câncer de mama, em pessoas acima de 40 anos em situação de vulnerabilidade social, a ONG Américas Amigas inicia projeto de treinamento de profissionais da Atenção Primária, além de rastreamento e diagnóstico de câncer de mama em Afuá e ilhas vizinhas, no extremo Norte do estado do Pará. O munícipio paraense é de difícil acesso e conta com poucas opções de unidades de saúde, para uma população de pouco mais de 37 mil habitantes3.

A fase I do projeto da Américas Amigas para a região acontecerá neste primeiro semestre de 2024, e envolverá a capacitação de cerca de 176 profissionais da Atenção Primária, entre os quais 128 agentes comunitários de saúde.  O workshop contemplará informações sobre o câncer de mama, seus sinais, importância da mamografia, além da detecção e diagnóstico precoce para um melhor prognóstico no tratamento6.  A fase II, contemplará o atendimento por mastologista da população que apresente sinais clínicos da doença. Na fase III, a iniciativa contará com o apoio do navio Auxiliar Pará, da Marinha do Brasil, equipado com mamógrafo doado pela Américas Amigas, para realização de mamografia e ultrassom direcionado das mamas. Por fim, na fase IV, os casos com exames de imagem alterados, serão inseridos no Programas Américas Amigas de Navegação de Pacientes e realizarão gratuitamente todos os exames necessários para esclarecimento do diagnóstico.  Os casos positivos serão encaminhados para tratamento na rede pública de saúde.

“A região Norte, de forma geral, apresenta dificuldades de acesso a serviços de saúde, principalmente pela sua geografia. Afuá, cidade construída sobre palafitas, não tem transporte motorizado e só pode ser acessada por barcos ou pequenas lanchas – assim como as ilhas vizinhas, locais em que os agentes comunitários de saúde são as principais fontes de informação sobre saúde para a população”, afirma a Doutoranda em Enfermagem e Mestre em Saúde Pública pela Universidade Federal da Paraíba, responsável pelo programa de capacitação de agentes de saúde de Afuá pela Américas Amigas, Lorena Sofia Andrade dos Santos. Pesquisadora, com ênfase em atraso de diagnóstico e tratamento de câncer de mama, Lorena Sofia revela que a maioria das mulheres ribeirinhas e indígenas, de regiões remotas, tem seu primeiro acesso a serviços especializados em saúde por meio de ações como essa. “É muito importante levar um pouco de oportunidade para essas mulheres que, além das barreiras geográficas, sofrem de barreiras  culturais, de educação e informação”.

As iniciativas da Américas Amigas seguem a orientação de sociedades médicas nacionais e internacionais, que recomendam a realização de exames de rastreamento de câncer de mama a partir de 40 anos de idade.

A capacitação dos agentes comunitários de saúde acontece em Afuá, na última semana de abril, e as ações de rastreamento e diagnóstico de câncer de mama, com apoio da Marinha e prefeitura local, estão previstas para maio e junho próximos.  Estudo realizado por Lorena Andrade e outros autores indica uma redução de tempo entre diagnóstico e início de tratamento de câncer de mama na Paraíba, graças às iniciativas das ONGs Américas Amigas e Mulheres de Peito de Campina Grande, quando comparadas a serviços formais de saúde8.

Em 2022, uma inciativa da Américas Amigas em unidade móvel que contemplou os estados do Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará e Tocantins beneficiou 4.742 mulheres, com realização de 4.374 mamografias, entre outros exames. Nessa ação, foram diagnosticados 33 casos de câncer de mama, com tempo médio de 26 dias entre a suspeita e o esclarecimento diagnóstico.

Com atuação em todo o país, em 15 anos de atuação, a Américas Amigas doou 23 mamógrafos para serviços de saúde públicos e filantrópicos, viabilizou mais de 1,5 milhão de mamografias e cerca de 70 mil outros exames, além de promover mais de 35 mil horas de capacitação e treinamento para profissionais de serviços de saúde dedicados à detecção de câncer de mama.

Mais sobre  Américas Amigas – Fundada em 2009, a Américas Amigas é uma Organização da Sociedade Civil, que tem como propósito contribuir e promover a redução da mortalidade por câncer de mama, principalmente para a população em situação de vulnerabilidade social, por meio de conscientização, informação e promoção de acesso à detecção e ao diagnóstico precoce da doença. A atuação da Américas Amigas está estruturada em três programas principais: doação de equipamentos e insumos, capacitação e treinamento de profissionais de saúde e doação de exames com navegação de pacientes, além de ações de conscientização e informação sobre a doença.

Entidade sem fins lucrativos, a Américas Amigas cumpre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e está entre as 100 melhores ONGs em atividade no Brasil (prêmio Melhores ONGs 2022 e 2023). As ações e projetos da ONG são desenvolvidos por meio de doações de empresas e pessoas físicas, além de parcerias com outras ONGs e serviços de saúde. Para mais informações, www.americasamigas.org.br e @americasamigasoficial.