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Data: 24/01/2024

Editoria: Sem categoria
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Mamografias aos 40 e não aos 50 pode salvar vidas

O câncer de mama continua sendo uma das principais preocupações em saúde para mulheres em todo o mundo. A detecção precoce desempenha um papel fundamental na redução do risco de morte pela doença. Diante disso, a Força-Tarefa de Serviços Preventivos dos EUA (USPSTF) está propondo novas recomendações que podem salvar a vida de mulheres em risco.

De acordo com o rascunho da declaração da USPSTF, todas as mulheres com risco médio de câncer de mama devem começar a fazer mamografia aos 40 anos, em contraste com a recomendação anterior de início aos 50 anos. Essa atualização é uma medida significativa que reflete a importância da triagem mais precoce para garantir melhores resultados na luta contra o câncer de mama.

A proposta da USPSTF alinha-se à recomendação atual da American Câncer Society, que já aconselha as mulheres a iniciar a mamografia aos 40 anos. A vice-presidente da USPSTF, Dra. Wanda Nicholson, destaca que essa atualização salvará mais vidas, enfatizando especialmente a importância da triagem para mulheres negras, que enfrentam um risco 40% maior de morrer de câncer de mama em comparação com suas contrapartes brancas.

Embora essa proposta seja um passo importante, ainda há muito a ser feito para combater a epidemia de câncer de mama. A Dra. Nicholson enfatiza a necessidade de mais pesquisas para compreender as causas e os mecanismos que contribuem para o desenvolvimento do câncer de mama, particularmente entre as mulheres negras, que tendem a ter tumores mais agressivos.

É essencial ressaltar que a atualização proposta pela USPSTF se aplica a todas as pessoas designadas como mulheres ao nascer, incluindo mulheres cisgênero, homens trans e pessoas não binárias, que estão em risco médio de câncer de mama. Mulheres com histórico familiar de câncer e aquelas com mamas densas geralmente se enquadram nessa categoria. Porém, é importante destacar que mulheres com histórico pessoal de câncer de mama ou histórico familiar de mutações genéticas, como as mutações no gene BRCA, são consideradas de alto risco e não se beneficiarão da nova recomendação.

O rascunho da declaração de recomendação do USPSTF está disponível em seu site para comentários públicos até 5 de junho, juntamente com um rascunho da revisão de evidências e um rascunho do relatório de modelagem. A força-tarefa solicita uma maior ênfase em pesquisas sobre as desigualdades raciais no câncer de mama e enfatiza a importância de avaliações de acompanhamento equitativas, testes adicionais, biópsias e tratamento para todas as mulheres que recebem resultados anormais de mamografia.

Em conclusão, a atualização proposta pela USPSTF para iniciar a triagem mamográfica aos 40 anos é um passo bem-vindo na luta contra o câncer de mama. Essa recomendação tem o potencial de salvar vidas e ampliar o acesso à detecção precoce da doença. No entanto, é necessário continuar a pressionar por mais pesquisas e garantir acesso equitativo ao tratamento, a fim de erradicar de uma vez por todas essa doença devastadora que afeta tantas mulheres ao redor do mundo.