Os mercados globais ensaiam uma recuperação nesta terça-feira após os movimentos fortes de aversão a risco vistos na sessão anterior. Na Ásia, as bolsas anotaram alta firme, onde o índice Nikkei, de Tóquio, foi novamente o destaque, ao subir 10,23%. Os futuros dos principais índices acionários americanos seguem em alta e, assim, tentam se recuperar após três sessões consecutivas de queda, onde os temores quanto a uma possível recessão nos Estados Unidos falaram mais alto e geraram forte aversão a risco.
A volatilidade dos negócios, assim, segue no centro das atenções dos participantes de mercado. Na manhã desta terça-feira, o índice VIX, considerado o “termômetro do medo” em Wall Street, opera em forte queda, de 17,79%, aos 31,71 pontos. Na segunda, o indicador chegou a ficar acima dos 65 pontos, em sinal de pânico nos negócios em Nova York. O retorno da atividade de serviços nos EUA ao território de expansão em julho, de acordo com os dados do ISM, tirou algum apelo dos cenários mais catastróficos em torno da atividade econômica americana.
Sem grandes indicadores nos EUA pela frente, é possível que os mercados sigam instáveis. O leilão de T-notes de 3 anos deve seguir no radar dos participantes do mercado e pode mostrar demanda elevada diante da percepção de que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) está prestes a cortar os juros.
Já no mercado local, a ata da decisão de semana passada do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) pode dar mais pistas sobre os rumos da Selic. Há expectativa grande entre os agentes sobre as discussões relativas ao balanço de riscos e a possíveis debates sobre se o próximo passo do Copom será o de reduzir ou de elevar a taxa básica de juros. A curva de juros segue com prêmios relevantes que apontam para a alta da Selic até o fim deste ano e ao longo de 2025.