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Data: 02/07/2024

Editoria: Sem categoria
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Iguatemi (IGTI11): Desempenho operacional permanece forte apesar dos impactos do RS

Organizamos uma reunião com o CFO da Iguatemi, Guido Barbosa de Oliveira, e investidores locais para discutir o ambiente operacional da empresa para o 2T24 e outras discussões sobre alocação de capital. As principais conclusões são: (i) as vendas dos lojistas devem ter um forte desempenho no 2T24, apesar de um impacto nas vendas de maio devido às enchentes no RS; (ii) as taxas de ocupação devem mostrar um crescimento marginal T/T no 2T24, dado o impacto do RS, embora um aumento mais forte seja esperado no 2S24; (iii) os custos de ocupação devem ser ainda mais diluídos no 2T24, mas uma maior taxa de execução parece razoável, dado o sólido momento operacional; e (iv) expansões e M&As continuam sendo as principais avenidas de crescimento da Iguatemi. Reiteramos a Iguatemi como nossa ação de preferência no segmento de shoppings, com uma recomendação de Compra e um preço alvo de R$32,5/unit.

O desempenho operacional deve permanecer forte, apesar do impacto do RS

A Iguatemi já reportou um forte crescimento de vendas em abril de ~10% A/A. No entanto, as vendas de maio devem refletir um impacto significativo das operações de tempo parcial em ativos afetados pelas enchentes no RS¹, com crescimento potencial de ~3% A/A no mês. Excluindo esses efeitos, as vendas devem manter um crescimento de dois dígitos A/A. Além disso, o mês de junho deve apresentar uma recuperação no desempenho das vendas (~10% de crescimento) devido a (i) um forte desempenho no último final de semana do mês, com (a) breve arrefecimento na onda de calor de junho, e (b) efeito positivo do período de vendas da Zara; e (ii) uma recuperação nos shoppings localizados no RS. A taxa de ocupação deve apresentar um crescimento marginal T/T no 2T24, também impactada pelos eventos no RS, embora o nível atual de contratos assinados deva suportar um aumento no 2S24 em direção ao nível de 97% de ocupação no final de 2024.

Os custos de ocupação devem ter uma taxa de execução mais alta

Os custos de ocupação devem ser ainda mais diluídos no 2T24, apoiados pelo forte momento operacional. Além disso, a inadimplência líquida deve permanecer sob controle (próxima à neutralidade no 2T24, apesar dos efeitos do RS). Enquanto isso, no médio prazo, a Iguatemi deve ter espaço para apresentar uma maior taxa de execução de custos de ocupação em relação aos níveis atuais (foi de 12,5% no 1T24), apoiada por (i) spreads atrativos nas próximas renovações de locação; e (ii) ações de revisão de aluguel para contratos de locação subvalorizados com mais de 3 anos.

Avenidas de crescimento

Como mencionamos em nosso feedback do Investor Day da Iguatemi, as expansões continuam a ser uma das principais avenidas de crescimento da empresa, com (i) Iguatemi Brasília; (ii) Iguatemi São Paulo; e (iii) o retrofit do Marketplace em andamento. As fusões e aquisições também estão no radar, com o FII BB Premium Mall sendo o principal parceiro de financiamento da IGTI11. Acreditamos também que os recursos provenientes da recente venda do Iguatemi São Carlos e de uma participação no Iguatemi Alphaville também devem fortalecer o balanço patrimonial da IGTI, permitindo a alocação de capital sem afetar o pagamento de dividendos e o programa de recompra de ações.

Nossa opinião

 

Vemos com bons olhos a forte perspectiva operacional da Iguatemi para o 2T24, que acreditamos que deve continuar a contribuir para o forte momento de demanda dos lojistas. Além disso, dadas as vendas robustas dos lojistas da IGTI nos últimos trimestres, acreditamos que uma maior taxa de execução do custo de ocupação é razoável e deve, em nossa opinião, ser um dos impulsionadores da lucratividade da empresa (como mencionamos em nossa última atualização). Também acreditamos que o Pátio Higienópolis deve ser um dos principais alvos de M&A, embora não esperemos nenhuma discussão no curto prazo.