Investidores não profissionais atingiram um volume de negócios jamais visto no mercado de opções dos Estados Unidos. Eles investem dinheiro especialmente em apostas de curto prazo envolvendo preço de ações de tecnologia, de acordo com um estudo do J.P. Morgan.
Em junho, os investidores de varejo responderam por 18,3% da atividade total de opções no mercado americano, o maior patamar já alcançado, segundo análise dos estrategistas do banco, liderados por Bram Kaplan.
Mais de 60% das ordens colocadas pela categoria eram para contratos com vencimento em períodos de uma semana ou menos que isso, sendo as opções de ações de tecnologia as de maior movimentação entre as negociações de um único papel.
Quando se analisa as opções de ações de tecnologia, o fluxo de ordens vindas do varejo parece ser quase sempre no sentido fortemente comprado, sinalizando a visão otimista da categoria.
O movimento das opções de ações de tecnologia do varejo ocorre em sentido contrário ao das ordens envolvendo opções de fundos negociados em bolsa (ETFs, na sigla em inglês) também do segmento de tecnologia, utilizadas muitas vezes como hedge (proteção) das apostas do mercado como um todo.
Ações do setor de inteligência artificial (IA) generativa, como as da Nvidia, impulsionaram o índice S&P 500 da bolsa de Nova York para sucessivos recordes ao longo de 2024, junto com a forte demanda por opções de compra desses papéis com prêmios bastante elevados, com o objetivo de capturar ganhos com o rali do setor.
“Isso provavelmente sugere que os investidores utilizam opções como substitutos de ações para um melhor acesso à alavancagem; por outro lado, eles podem usar opções como sobreposições em suas posições longas de ETF no mercado como um todo – por exemplo, venda de opções de compra cobertas, compra de opções de venda de proteção etc. – para obter lucro e hedge”, escreveram os estrategistas no estudo.