Cenários
Chega ao fim nesta quarta-feira (19) a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) mais importante do ano. Nas últimas semanas cristalizou-se um consenso entre os agentes de mercado de que a taxa referencial Selic permanecerá inalterada em 10,50% ao ano. A projeção até dois meses atrás era de uma continuidade nos cortes de 0,5 ponto percentual a cada reunião, até que os juros chegassem ao patamar de 9% esperado no início do trimestre.
Nada disso ocorreu. Ao contrário, o impacto da catástrofe no Rio Grande do Sul sobre os preços dos alimentos, o comportamento robusto do mercado de trabalho e, principalmente, a dificuldade do governo de manter as contas públicas sob controle deterioraram as expectativas dos agentes econômicos. E expectativas são o principal vetor de formação de preços no mercado.
Perspectivas
Para além da decisão esperada, os investidores estão à espera do Comunicado que deverá ser divulgado após a reunião. A questão para o mercado, agora, é como o Banco Central (BC) está vendo as perspectivas para o segundo semestre, e se a manutenção da Selic no patamar atual será suficiente para fazer a inflação convergir para a meta de 3%.
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