A chegada da plataforma chinesa de comércio on-line Temu ao Brasil deve impactar inicialmente o varejo físico e outras plataformas asiáticas focadas em produtos mais baratos, mas a empresa terá problemas para a retenção e crescimento de clientes ao competir com plataformas que possuem vantagens, diz o BTG Pactual.
A Temu, propriedade da chinesa PDD Holdings, é um fenômeno global e foi lançada no México há alguns meses, já superando o Mercado Livre no país. No Brasil, a empresa compete com plataformas como Amazon e Mercado Livre. E segundo os analistas Luiz Guanais, Gabriel Disselli e Pedro Lima, entre os desafios que a empresa chinesa terá estão a qualidade do produto, atendimento ao cliente, velocidade de entrega e agrupamento de produtos. Na visão dos analistas, tanto Amazon quanto Mercado Livre trazem essas vantagens competitivas.
Além disso, as plataformas internacionais como Shein e Shopee se tornaram uma força crescente no Brasil nos últimos quatro anos, e apesar da carga tributária de importação de 20% aprovada pelo Congresso, ainda há um posicionamento bastante competitivo para essas plataformas com amplo sortimento de produtos mais baratos.
Os analistas ressaltam ainda que a Temu se destaca por produtos de baixo custo, frete grátis e rápido, e recursos de “gamificação” e recomendações de compra personalizadas, para tornar fazer compras pelo celular mais divertido. As estratégias incluem compras em grupo e anúncio em mídias sociais, dizem.
Conteúdo originalmente publicado pelo Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico