Na sequência da divulgação dos resultados do seu quarto trimestre de 2023, as ações da C&A têm alta expressiva na bolsa. Perto das 12h, o papel subia 5,34%, a R$ 9,47. De acordo com a XP, a companhia apresentou números robustos, com receitas e Ebitda (o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) acima do esperado, refletindo a expansão das iniciativas internas e alavancagem operacional.
Os analistas Danniela Eiger, Gustavo Senday e Laryssa Sumer escrevem que o faturamento da C&A foi apoiado pelo bom desempenho de vendas de vestuário e da performance de serviços financeiros.
O Bradesco BBI elevou o preço-alvo para a ação da C&A de R$ 9 para R$ 11, potencial de alta de 22,3% sobre o fechamento de ontem, mas reiterou recomendação neutra.
Olhando para frente, a equipe de analistas do Bradesco BBI vê que os múltiplos das ações da C&A estão esticados em 23 vezes o preço-lucro, após forte valorização no último ano, reduzindo sua atratividade.
Ainda assim, segundo os analistas do banco, liderados por Pedro Pinto, o balanço da C&A apresentou continuidade nas tendências positivas de geração de caixa e margens vistas nos últimos períodos.
A XP ainda destaca que a varejista continua a melhorar rentabilidade, com a alavancagem operacional mais do que compensando maiores investimentos em marketing e administrativo.
A XP tem recomendação de compra para C&A, com preço-alvo em R$ 10, potencial de alta de 11,2% sobre o fechamento de ontem.
O que diz o Itaú BBA
Os resultados do quarto trimestre da C&A foram sólidos, superando as estimativas tanto na divisão de varejo quanto na divisão de financiamento ao consumidor, avaliou o Itaú BBA.
“Os resultados da empresa provavelmente serão os mais robustos em nossa cobertura de varejo de moda para a temporada de ganhos do trimestre”, escrevem os analistas liderados por Victor Rogatis.
De acordo com o banco, a superação na divisão de varejo em crescimento de receita e lucratividade foi impulsionada pelo aumento da produtividade das lojas e maior alavancagem operacional. Já a divisão de financiamento ao consumidor foi puxada por despesas de venda e provisões inferiores ao esperado.