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Data: 29/02/2024

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Iguatemi: receita para crescer acima do consenso vai além do portfólio de luxo

A tese de que o mercado de luxo se beneficia de maneira abrangente da resiliência do consumidor de alta renda tem sido colocada em xeque. Os resultados trimestrais mais recentes mostraram que, enquanto algumas marcas e empresas voltaram a crescer dois dígitos e superar as expectativas de analistas, outras enfrentaram dificuldades que decepcionaram investidores. As informações são do portal da Bloomberg Línea.

Para a Iguatemi (IGTI11), os números recém-apresentados do quarto trimestre e do ano de 2023 e as projeções para o ano vigente corroboram uma estratégia que concilia a aposta em um portfólio cada vez mais “forte” de marcas, muitas das quais de luxo, que vendem mais – e pagam aluguéis mais altos; de adensamento dos locais dos shoppings e de uma gestão em busca contínua de redução de custos, segundo disse o CFO da empresa, Guido Oliveira.

“Tivemos uma ocupação um pouco maior do que o mercado esperava e como efeito também receitas com aluguel acima. Além disso, (analistas) não tinham precificado todo o projeto de eficiência que conduzimos ao longo do ano, de redução de custos e despesas”, disse Oliveira.

“De onde vem essa movimentação? Vem da melhora da ocupação em shoppings do interior, que estão em trajetória crescente. São shopping inaugurados entre 2013 e 2015 e que pegaram uma recessão – em 2015 e 2016 – que não foi fácil. E agora estão ‘maturando’ muito rapidamente”, disse o executivo.

Segundo ele, dentro dessa estratégia, o grupo tem reforçado o mix de lojas, citando a inauguração prevista para o fim de fevereiro de uma unidade da rede francesa de cosméticos e beleza Sephora no shopping em São José do Rio Preto (interior de São Paulo), que conta também com marcas como Zara e as que fazem parte do recém-anunciado grupo Arezzo-Soma, além da rede de cinemas Cinépolis.

“Há um pipeline de marcas que serão âncoras de shoppings que serão anunciadas ao longo do ano. Há um movimento de marcas para além do eixo Rio-São Paulo, Brasília e capitais. É um trabalho de otimização de portfólio, que melhora a rentabilidade, que fizemos em 2023 e continua em 2024”, ressaltou.

O CFO do Iguatemi destacou ainda o fato de que o indicador de vendas nas mesmas áreas cresceu em ritmo superior (11,7%) do que o das mesmas lojas (9,4%) no quarto trimestre, “o que mostra que o portfólio de lojistas que tem entrado é mais saudável financeiramente do que o que saiu”.

Com o aumento dos aluguéis de mesmas lojas de 10,1% no ano e o IPCA de 4,62%, isso representou uma diferença de quase 6 pontos percentuais, como se fosse IPCA + 6%, afirmou.