As empresas captaram um menor volume de recursos no mercado de capitais em janeiro. As ofertas encerradas no mês somaram R$ 20,71 bilhões, 22% abaixo do volume registrado no mesmo período de 2023. Os dados foram divulgados na sexta-feira pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
A queda foi puxada pela redução de quase 56% no volume obtido com as debêntures, para R$ 8,28 bilhões. O prazo médio desses papéis também caiu, passando de 7,8 anos em dezembro para 5,8 anos agora em janeiro.
As debêntures incentivadas, que oferecem isenção fiscal ao investidor pessoa física, movimentaram R$ 2,64 bilhões no primeiro mês de 2024, abaixo dos R$ 2,89 bilhões emitidos em janeiro do ano passado.
No mês anterior à decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) que restringiu as ofertas de títulos incentivados como letras de crédito e certificados de recebíveis imobiliários (LCI e CRI) e do agronegócio (LCA e CRA), entre outros, houve aumento nos volumes captados com instrumentos de securitização.
As ofertas de CRI totalizaram R$ 3,59 bilhões, com aumento de 283,9% ante janeiro de 2023, enquanto os certificados do agronegócio avançaram 110,9%, atingindo R$ 1,52 bilhão. Em relação aos fundos de investimento em direitos creditórios (FIDC), houve crescimento no volume de 34,2%, para R$ 2,96 bilhões.
Do total, os títulos de renda fixa corresponderam a quase 85% das emissões no mercado de capitais em janeiro. O restante corresponde à ofertas de títulos híbridos, como Fiagro e fundos de investimento imobiliário (FII). No mês, não houve encerramento de ofertas de títulos de renda variável, disse a Anbima em nota.