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Data: 23/01/2024

Editoria: Sem categoria
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Santander revela seus shoppings preferidos: Iguatemi, Multiplan ou Allos?

O setor de shopping centers no Brasil provavelmente apresentará um crescimento mais baixo em 2024, em comparação com o ano passado, mas não necessariamente um desempenho mais fraco das ações, avalia o Santander.

O banco estima que o crescimento da receita de aluguel do setor desacelerará em 2024 para 1,5% ao ano, em comparação com os 7,3% ao ano em 2023, principalmente devido ao efeito de ajuste da inflação nos aluguéis nos últimos 12 meses. Esse efeito, provavelmente atingirá seu ponto mais baixo durante o primeiro semestre de 2024, levando os aluguéis totais de lojas a uma redução.

“Por outro lado, vale destacar que os operadores de shopping centers fizeram um bom trabalho nos últimos trimestres, já que o aluguel continuou a subir bem acima da inflação. Projetamos tendências semelhantes para 2024 e estimamos que o aluguel médio por metro quadrado para os operadores de shopping centers em nosso universo de cobertura cresça cerca de 4% em relação a 2023”, escrevem os analistas Fanny Oreng, Antonio Castrucci e Matheus Meloni.

Apesar do crescimento mais leve, os analistas acreditam que o setor continua oferecendo espaço para uma reclassificação mais forte, uma vez que o fundo operacional ajustado (FFO, indicador que aponta a situação relativa à renda de um investimento imobiliário) dos shoppings está, atualmente, 59% acima do nível pré-pandêmico, enquanto o preço médio das ações dessas companhias está cerca de 38% abaixo do preço médio de fechamento de 2019.

Outro ponto positivo consiste na continuidade de queda na taxa básica de juros – a Selic -, que pode ser um importante impulsionador de reclassificação para as ações de shopping centers.

Iguatemi (IGTI11) permanece como a principal escolha do Santander, que elevou o preço-alvo de R$ 31 para R$ 34, reiterando recomendação de compra.

Na sequência vem a Multiplan(MULT3), com preço-alvo elevado de R$ 33 para R$ 36 e recomendação de compra.

Já a Allos (ALOS3), companhia proveniente da fusão da Aliansce Sonae com a BR Malls, teve recomendação atualizada para compra, com preço-alvo de R$ 31, anteriormente era de R$ 27,50.

“Mantemos nossa preferência por operadores de shopping centers com forte resiliência de portfólio e exposição aos limites de renda mais altos da população”, reforçam os analistas, no relatório. “Iguatemi permanece como nossa principal escolha devido à sua avaliação excessivamente descontada e ao potencial de crescimento do ebitda acima da média’. Também estamos promovendo Allos para compra, pois estamos incorporando o valor agregado das vendas de ativos, incluindo uma redução de 2,5% no total de ações e menor alavancagem financeira”, destacam.

O Santander decidiu ainda elevar o preço-alvo da Log Commercial Properties de R$ 22 para R$ 26, mas manteve a classificação neutra, mesmo incorporando nas estimativas as projeções para desinvestimentos e entregas fornecidas durante o Log Day, realizado em novembro de 2023.

“De acordo com nossos números, a ação está atualmente sendo negociada a cerca de 115% de prêmio em relação à média dos shoppings do Brasil em nosso universo de cobertura”, dizem.

Por fim, o banco rebaixou a HBR Realty de neutra para venda, com elevação de preço-alvo de R$ 5,40 para R$ 5,50, refletindo um aumento mais forte do que o esperado em sua alavancagem financeira, o que poderia prejudicar a capacidade da companhia entregar projetos de crescimento planejados.