Na ressacada da “Superquarta”, hoje (14) os investidores acompanham as decisãos de política monetária na Europa. Tanto o Banco Central Europeu (BCE) quanto o Banco do Inglaterra (BoE) anunciam suas decisões às 10h15 e 9h de Brasília, respectivamente. Na agenda local, os investidores aguardam dados do varejo após os números de serviços desapontarem.
Segundo a mediana de 26 projeções de consultorias e instituições financeiras coletadas pelo Valor Data, as vendas do varejo restrito devem sofrer desaceleração em outubro, e registrar uma alta de 0,3% ante o mês anterior. As projeções colhidas pelo Valor variam de queda de 0,2% a alta de 1,8%. Em setembro, o volume de vendas do varejo avançou 0,6% e surpreendeu positivamente.
O indicador é importante porque serve como um termômetro da atividade local brasileira. Ele traz pistas, inclusive, sobre o futuro dos juros. Afinal, ao ser constatado que mesmo com os cortes na Selic, a atividade segue forte, o Banco Central tem mais confiançade manter o ritmo.
Ontem (13), porém, os dados de serviço desapontaram pelo terceiro mês seguido ao recuarem 0,6% e outubro, o que acendeu um alerta nos investidores.
Mas além do indicador local, hoje os radares estão ligados em mais decisões monetárias. Após o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) manter os juros nos mesmos patamares nos Estados Unidos (e sinalizar que as quedas podem vir mais cedo), e o Banco Central do Brasil, assim como o esperado, cortar a Selic para 11,75% ao ano, agora é a vez do BCE e do BoE.
O Banco Central Europeu (BCE) anuncia sua decisão às 10h15 de Brasília. Atualmente, a taxa de juros está em 4,5% e a expectativa é de sua manutenção. Às 10h45, a presidente do BCE, Christine Lagarde, concede entrevista coletiva à imprensa para comentar a medida. Em seus comunicados mais recentes, a mandatária adotou um tom mais brando, ao afirmar que a batalha contra a inflação não acabou, mas que observará os dados para tomar as próximas decisões.
Por fim, o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) comunica, às 9h, sua decisão de política monetária. A taxa atual está em 5,25% ao ano e a expectativa também é de manutenção.