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Data: 25/11/2025

Editoria: Shopping Pátio Higienópolis
Assuntos:

5 tendências que redefinem o mercado de luxo em 2026

O ano de 2026 marca um ponto de inflexão na indústria global de luxo. Após um período de expansão acelerada, o mercado de bens pessoais entra em uma fase de maior moderação e refinamento estratégico. A instabilidade macroeconômica global, aliada a um consumidor mais maduro e, ao mesmo tempo, mais jovem e engajado, exige que as maisons revisitem suas estratégias, trocando o foco na expansão pura pelo investimento em exclusividade, experiência e propósito.

Crescimento seletivo: a fissão do Mercado Global de Luxo

As projeções mais recentes apontam para uma estabilização no ritmo de expansão dos bens pessoais de luxo, com taxas anuais que devem variar entre 2% e 4% até 2027. Este crescimento não será homogêneo; ele será fortemente seletivo e puxado por segmentos de altíssimo valor agregado, que conseguem isolar-se melhor dos ventos econômicos contrários.

  • Destaques de Alto Valor: O avanço estará concentrado em categorias como joias finas, artigos de couro de excelência e, principalmente, em experiências exclusivas. Isso inclui viagens sob medida, alta gastronomia e investimentos em arte e bem-estar de padrão elevado.
  • A Força do Extremo Topo: O futuro do luxo será ditado por uma minoria: os clientes ultra high-end são a chave do crescimento. Estima-se que este grupo de altíssimo poder aquisitivo responderá por até 80% do crescimento absoluto do mercado nos próximos anos. Para as marcas, isso se traduz em um imperativo: redobrar os esforços em serviço, fidelização e personalização para devolver ao luxo a sua aura inegável de excelência artesanal e exclusividade.

O protagonismo Jovem: Millennials e Geração Z Ditando as Regras

A mudança mais significativa no panorama do luxo é a transformação geracional no perfil do consumidor. Millennials e Geração Z não são mais apenas o futuro, eles são a maioria dos compradores atuais.

Esta nova clientela valoriza a autenticidade, o propósito e a sustentabilidade de forma radical. Eles consomem de maneira diferente, transitando com total fluidez entre o universo físico e o digital. A estética do “quiet luxury” (luxo silencioso e discreto) está cedendo espaço para uma abordagem mais ousada e maximalista, onde a moda é usada como uma ferramenta de autoexpressão intensa.

Ainda assim, os consumidores maduros permanecem vitais, exigindo das marcas um equilíbrio perfeito entre a tradição centenária e a inovação contemporânea.

A revolução do luxo “Figital” e a hiperpersonalização

A jornada de compra do luxo em 2026 é irrevogavelmente figital, mesclando o físico e o digital de forma integrada. O ato da descoberta começa online e culmina em uma experiência de imersão, seja em uma boutique física redefinida como destino sensorial ou em showrooms virtuais de alta resolução.

  • Tecnologia a Serviço da Exclusividade: Realidade aumentada e Inteligência Artificial (IA) estão sendo usadas para aprimorar a personalização em tempo real, redefinindo o conceito de exclusividade, mas sem jamais abrir mão do toque humano no atendimento.
  • Clienteling como Arte: O serviço personalizado migra de diferencial para requisito básico. A união estratégica entre a análise de dados, a tecnologia e a sensibilidade humana transforma o clienteling em uma verdadeira arte. O objetivo central é fazer o cliente se sentir único e insubstituível. Quanto mais pessoal, relevante e antecipada for a experiência, maior será a lealdade à marca.

Sustentabilidade de ponta a ponta e o luxo Circular

A responsabilidade ambiental deixou de ser uma opção de marketing e tornou-se um pilar indispensável para as marcas de luxo. A transparência na cadeia de suprimentos e o uso de materiais reciclados ou de baixo impacto são a nova norma.

O setor adota com vigor a economia circular, através de programas de revenda certificada e recompra, redefinindo o que significa o luxo duradouro e atemporal. A utilização de tecnologias como blockchain garante a autenticidade e a rastreabilidade das peças, reforçando seu valor para um consumidor que deseja saber a história completa por trás do que adquire.

A venda de emoção, conexão e pertencimento

luxo do futuro é, acima de tudo, emocional. O consumidor não busca apenas um produto, mas um universo e uma conexão. As marcas se transformam em curadoras de experiências memoráveis: flagships que se tornam destinos culturais, clubes privativos e eventos exclusivos para membros. A compra transcende a transação e se torna um espetáculo sensorial, onde a tecnologia é o palco, e a emoção é o produto final.

O sucesso na indústria do luxo em 2026 pertencerá às maisons que conseguirem realizar a união perfeita entre artesania e tecnologiaexclusividade e propósito. Mais do que vender itens de alto valor, o luxo do futuro venderá significado e um profundo sentimento de pertencimento.