Plataforma chinesa já recebeu € 191 milhões em multas no país neste ano
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/d/P/O643OSR3SKTZ2AVUAmQQ/102700501-ec-rio-de-janeiro-rj-13-04-2023-taxacao-de-e-commerce-internacional-como-shein-shopee-e-al.jpg)
RESUMO
Sem tempo? Ferramenta de IA resume para você
CLIQUE E LEIA AQUI O RESUMO
A França ameaçou, nesta segunda-feira, a Shein com a proibição de acesso ao mercado nacional caso a gigante chinesa de comércio eletrônico volte a vender bonecas de natureza pedopornográfica, que a empresa afirmou no sábado ter retirado de seu catálogo.
— Se esse comportamento se repetir, teremos o direito, e eu solicitarei, de proibir o acesso da plataforma Shein ao mercado francês — declarou o ministro da Economia, Roland Lescure, à BFMTV e à RMC.
E acrescentou:
— Por atos terroristas, por tráfico de entorpecentes e por objetos pedopornográficos, o governo tem o direito de solicitar a proibição de acesso ao mercado francês (…), caso os comportamentos se repitam ou caso os objetos em questão não sejam retirados em 24 horas — disse, destacando que esses objetos ilegais e que haverá uma investigação judicial.
No sábado, a unidade antifraude da França anunciou que havia denunciado a plataforma de comércio on-line por vender o que descreveu como “bonecas sexuais com aparência infantil”.
Ainda assim, Roland Lescure reconheceu no sábado que a lei francesa pode ser contornada utilizando VPN.
—A França não tem meios de combater isso neste estado — disse.
A notícia sobre as bonecas surgiu dias antes da abertura de uma loja da Shein em um shopping no centro de Paris, BHV Marais, seu primeiro ponto de venda físico.
A Shein recebeu este ano na França três multas, totalizando € 191 milhões (R$ 1,18 bilhão), por descumprir a legislação sobre cookies on-line, promoções falsas, informações enganosas e por não declarar a presença de microfibras plásticas em seus produtos.