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Data: 17/09/2025

Editoria: L-Founders, Magazine Luiza, Pão de Açúcar
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Altas e baixas: Magazine Luiza e GPA lideram ganhos em dia histórico no Ibovespa

O pregão desta quarta-feira (17) é positivo para o mercado brasileiro, com o Ibovespa operando em alta de 0,83% aos 145.262,06 pontos, por volta das 11h30, marcando a primeira vez na história que o principal índice brasileiro ultrapassa a casa dos 145 mil pontos. Entre as altas e baixas do Ibovespa, o destaque fica por conta das ações de varejo e consumo, que se beneficiam do ambiente mais otimista dos investidores.

O Magazine Luiza (MGLU3) lidera as maiores altas do dia, com ganho expressivo de 6,61%. A varejista se beneficia da expectativa de corte de juros nos Estados Unidos, que deve ser anunciado ainda hoje pelo Federal Reserve. A possibilidade de redução de 25 pontos-base na taxa básica americana tem pressionado o dólar para baixo e impulsionado os ativos de risco, movimento que favorece a bolsa brasileira desde a semana passada.

O GPA (PCAR3) também apresenta forte desempenho, avançando 3,37%, impulsionado por notícias sobre uma possível capitalização privada de R$ 500 milhões. Segundo informações do mercado, conselheiros, acionistas e interessados discutem a operação, que representaria cerca de 25% do valor de mercado da companhia. O aporte seria realizado ao preço de R$ 4,50 por ação, com prêmio de 8% sobre o último fechamento.

Entre outros destaques positivos das altas e baixas, a Vamos (VAMO3) sobe 2,99% e a RD Saúde (RADL3) avança 2,86%. Ambas as empresas também se beneficiam do ambiente de redução das expectativas de juros futuros.

No Brasil, hoje também é dia de decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que deve anunciar no final da tarde a manutenção da taxa Selic em 15%, com indicação de permanência neste patamar por período prolongado.

Maiores altas do dia

Ação Nome Último (R$) Variação (R$) Var. %
MGLU3 Magazine Luiza ON 11,45 +0,71 +6,61%
PCAR3 GPA ON 4,29 +0,14 +3,37%
VAMO3 Vamos ON 4,13 +0,12 +2,99%
RADL3 RD Saúde ON 17,99 +0,50 +2,86%
ASAI3 Assaí ON 10,36 +0,25 +2,47%

Maiores baixas do dia

Na outra ponta das altas e baixas, algumas ações operam em terreno negativo mesmo em um dia positivo para o mercado. A Motiva (MOTV3) lidera as quedas, recuando 1,15%, em movimento natural de mercado sem notícias específicas que justifiquem a desvalorização.

A Marfrig (MRFG3) cai 1,34%, devolvendo parte dos ganhos recorrentes após a aprovação do processo de fusão com a BRF (BRFS3).

A Embraer (EMBR3) recua 1,41%, mesmo após anunciar aditamento ao contrato com Portugal para aquisição da sexta aeronave KC-390 Millennium. O acordo inclui dez novas opções de compra para potenciais nações parceiras e consolida a Base Aérea N.º 11 como centro de excelência em treinamento.

A Natura (NATU3) opera em baixa de 1,26%, apesar da Moody’s ter elevado a perspectiva da empresa para “estável” após reestruturação e melhora financeira. A agência de rating manteve o rating em “Ba2”, mas reconheceu os avanços na transformação estratégica iniciada em 2022.

Ação Nome Último (R$) Variação (R$) Var. %
MOTV3 Motiva ON 14,57 -0,17 -1,15%
MRFG3 Marfrig ON 27,15 -0,37 -1,34%
EMBR3 Embraer ON 74,78 -1,07 -1,41%
NATU3 Natura ON 8,64 -0,11 -1,26%
FLRY3 Fleury ON 15,45 -0,16 -1,02%

Altas e baixas: contexto do mercado

O mercado opera em meio a expectativa dos investidores pelo corte de juros nos EUA, que deverá ser anunciado nesta tarde. A possibilidade de um corte de 25 pontos-base na taxa básica de juros americana tem pressionado o dólar e impulsionado os ativos de risco, movimento que favorece a bolsa brasileira desde a semana passada.

No Brasil, hoje também é dia de decisão do Copom, que deve anunciar no final da tarde a manutenção da taxa Selic em 15%, com indicação de que permanecerá neste patamar por um período prolongado.

No campo dos indicadores, foi divulgado o IGP-10, que subiu 0,21% em setembro, após avanço de 0,16% em agosto, segundo divulgação da Fundação Getulio Vargas (FGV). Apesar do resultado positivo no mês, o índice ainda acumula queda de 1,06% em 2025. Nos últimos 12 meses, porém, registra alta de 2,88%.

No ambiente político, segue repercutindo a aprovação da chamada PEC da blindagem na Câmara, que condiciona investigações e processos contra parlamentares à autorização prévia do Congresso.

Na esfera corporativa, a S&P Global elevou o rating da Vale de “BBB-” para “BBB”, com perspectiva estável, reforçando a percepção de solidez financeira da mineradora. A Petrobras, por sua vez, foi alvo de dois estudos que destacam seu potencial de liderança na transição energética no Brasil, reduzindo a dependência dos combustíveis fósseis. Já a JHSF Participações comunicou a celebração de um acordo vinculante para a criação de um veículo de investimento no valor aproximado de R$ 4,6 bilhões, voltado à expansão de seus negócios.

E no exterior

Nesta quarta-feira, o cenário internacional ganha força com a decisão de juros do Federal Reserve.

Às 15h, o banco central americano deve anunciar o primeiro corte após um longo período de estabilidade, reduzindo a taxa em 25 pontos-base, para o intervalo entre 4% e 4,25%.

A atenção do mercado estará voltada não apenas para a decisão em si, mas também para a entrevista de Jerome Powell, marcada para 15h30, que poderá indicar a possibilidade de um novo corte já em outubro.

Além disso, a divulgação da atualização das projeções econômicas deverá dar pistas sobre a trajetória da política monetária ao longo do ano, ampliando a expectativa por mais três reduções.

Outro ponto relevante da agenda internacional foi a leitura do índice de preços ao consumidor (CPI) da zona do euro, que subiu 0,1% em agosto, vindo melhor do que o consenso de 0,2%. Na comparação anual, o CPI do bloco europeu ficou estável em 2%, levemente abaixo do consenso, mas dentro da meta de inflação.