Veículo: Giro News
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Data: 15/09/2025

Editoria: L-Founders, petz/cobasi
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Fusão entre Petz e Cobasi enfrenta resistência

Imagem destaque: Fusão entre Petz e Cobasi enfrenta resistênciaCréditos: Divulgação

 A fusão entre Petz e Cobasi deve enfrentar um cenário complexo e a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deve extrapolar o prazo previsto. No último dia 29 de agosto, o Cade aprovou a prorrogação do prazo legal para conclusão da análise do caso, que inicialmente terminaria no próximo dia 3 de outubro. Na última quinta-feira (4), o relator José Levi Mello do Amaral Júnior solicitou a elaboração de um estudo econômico sobre mercado de varejo pet físico e online. “A complexidade da operação não mudou, sempre foi um caso difícil”, defende o sócio da GO Advogados e ex-presidente do Cade, Gesner Oliveira, para quem é razoável que o Cade busque entender maiores detalhes da dinâmica do mercado envolvido na fusão. Dois fatores justificam isso: O modelo de superstores implementado por Petz e Cobasi e a força das companhias no varejo digital.

Aprovação do Cade e recurso da Petlove

Em junho, o cade havia aprovado, sem restrições, uma fusão entre as duas companhias, avaliando que além de possuir poucas barreiras de entrada, o setor seria altamente pulverizado em pequenos negócios, os pet shops de bairro. “A concentração de mercado é irrelevante. Em algumas categorias, Petz e Cobasi significam quase nada”, este foi o argumento utilizado pelo CEO da Petz, Sérgio Zimerman, em uma videochamada com o mercado no último ano. Porém após a aprovação, a Petlove, terceira colocada no mercado, entrou com um recurso para revisão da decisão alegando que o órgão adotou definições muito abrangentes para o varejo de produtos pet, incluindo os negócios de pequeno porte e marketplaces na mesma cesta das superstores. “O fato de o mercado de petshops ser pulverizado, neste caso, é fator de preocupação concorrencial, pois mesmo que existam diversos comércios de bairro menores, eles não têm capacidade de competir com as superstores”, avalia Gesner Oliveira.

Vendas online

Em uma pesquisa com base no método Gross Upward Pricing Pressure Index (GUPPI), a GO Associados calcula que haveria uma probabilidade maior que 5% no aumento de preço em 92% das lojas — o valor de 5% é a base utilizada pelo Cade para gerar preocupações concorrenciais. Fernando Furlan, também ex-presidente do Cade, avalia como correta a decisão do relator em aprofundar a análise do caso, especialmente em razão das vendas online, onde a Petz é especialmente forte. Segundo o calculo do Cade, a participação de mercado das duas companhias juntas no varejo online deve ficar entre 40% e 50%  — dado que desconsidera pet shops menores, agrolojas e clínicas veterinárias. As informações são do InfoMoney.