Veículo: E-Commerce Brasil
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Data: 08/09/2025

Editoria: L-Founders, Shopee/Shein
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Shein recebe outra multa na França

A Shein foi multada novamente por autoridades francesas, dessa vez por conta do uso indevido de cookies. A decisão, tomada pelo Comissão Nacional de Informática e Liberdades (CNIL), pune a varejista online de fast fashion em 150 milhões de euros (cerca de US$ 175 milhões). As informações são da Reuters.

Shein recebe outra multa na França
(Imagem: Divulgação/Shein)

O órgão responsável pela aplicação das normas de proteção de dados no país, concluiu que o site da Shein não respeitou a legislação europeia ao coletar informações de consumidores sem o devido consentimento.

Agora, somada à outra multa recebida em julho, a gigante chinesa acumula 190 milhões de euros a serem pagos às autoridades da França. Além disso, a Itália também cobrou a Shein recentemente por problemas de greenwashing (prática de marketing enganosa de ESG).

Em nota, a Shein declarou que “contesta firmemente” a decisão e classificou a penalidade como “totalmente desproporcional, dada a natureza dos problemas alegados, nossa conformidade atual e as medidas corretivas já adotadas”. A companhia ressaltou ainda que tem colaborado com a CNIL desde agosto de 2023 e reforçou suas práticas de proteção de dados.

A penalidade de 150 milhões de euros equivale a aproximadamente 2% dos 7,68 bilhões de euros em receita que a Shein, registrada na Irlanda, reportou na Europa em 2023 — último ano com dados oficiais disponíveis.

Posicionamento da CNIL

Segundo a autoridade francesa, em testes realizados em agosto de 2023, mesmo quando usuários franceses recusavam o uso de cookies — arquivos que permitem rastrear hábitos de navegação para personalizar anúncios —, alguns ainda eram instalados nos dispositivos. O órgão destacou que, pelo Regulamento Geral de Proteção de Dados da União Europeia (GDPR), esses arquivos são considerados dados pessoais e só podem ser usados com autorização expressa.

“O valor da multa leva em conta que a empresa descumpriu diversas obrigações, como depositar cookies sem consentimento, não respeitar a escolha dos usuários e não os informar de forma adequada”, afirmou a CNIL. A comissão acrescentou que a dimensão da Shein também pesou na decisão, já que o site recebe cerca de 12 milhões de visitantes mensais na França.

O processo ocorre em meio a um cenário de maior escrutínio à atuação da varejista no país e região. Recentemente, legisladores franceses aprovaram um projeto de lei para regular a fast fashion, que, se implementado, proibirá a Shein de realizar publicidade no território.