Veículo: Valor Econômico
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Data: 25/07/2025

Editoria: Shopping Pátio Higienópolis
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LVMH, dona da Louis Vuitton, divulga receita abaixo do esperado em meio à desaceleração do mercado de luxo

A LVMH, gigante francês do setor de luxo, divulgou uma receita no primeiro semestre abaixo das expectativas dos analistas, à medida que a maioria dos grupos europeus do setor enfrenta uma queda persistente na demanda por produtos de alto padrão.

A LVMH, gigante francês do setor de luxo, divulgou uma receita no primeiro semestre abaixo das expectativas dos analistas, à medida que a maioria dos grupos europeus do setor enfrenta uma queda persistente na demanda por produtos de alto padrão.

O resultado ficou abaixo das previsões dos analistas, que estimavam 39,97 bilhões de euros, segundo uma pesquisa de estimativas compilada pela Visible Alpha.

Somente no segundo trimestre, a receita da LVMH caiu 4% em termos orgânicos, ante queda de 3% registrada nos três meses anteriores.

A principal divisão do grupo — moda e artigos de couro — que abriga marcas como Louis Vuitton e Dior, teve uma queda orgânica de 9% na receita trimestral, totalizando 9,01 bilhões de euros. Analistas esperavam 9,31 bi

Assim como a maioria de seus concorrentes europeus, a LVMH está enfrentando uma demanda em declínio por produtos de luxo, especialmente na China, um mercado-chave para o setor.

Na semana passada, a fabricante suíça de relógios Swatch Group reportou uma queda nas vendas do primeiro semestre, observando que o consumo fraco na China e no Sudeste Asiático — regiões fortemente dependentes de turistas chineses — continuava a impactar negativamente seu desempenho.

O setor também foi prejudicado pela redução nos gastos de turistas, especialmente no Japão, país que havia sido um ponto positivo no mesmo período do ano anterior.

“O Japão apresentou queda em relação ao primeiro semestre de 2024, que havia sido impulsionado por um crescimento anormal nos gastos de turistas devido ao iene muito mais fraco”, informou a LVMH.

A demanda local foi sólida na Europa e nos Estados Unidos, mesmo enquanto o setor se prepara para possíveis impactos das tarifas do presidente Trump.

Em meio ao que classificou como um ambiente geopolítico e econômico incerto, o grupo disse que continua confiante e manterá o foco em aumentar a atratividade de suas marcas.

A atualização da LVMH vem após a Richemont, controladora da Cartier, reportar um aumento das vendas em seu primeiro trimestre fiscal, impulsionado pela forte demanda por joias, categoria que deve permanecer resiliente apesar da atual desaceleração do setor de luxo.

As concorrentes francesas Hermès e Kering — controladora da Gucci — devem divulgar seus resultados na próxima semana.

No primeiro semestre, a LVMH obteve um lucro líquido de 5,7 bilhões de euros, uma queda de 22% em relação ao ano anterior, ficando amplamente em linha com as estimativas de consenso de 5,67 bilhões de euros.

O lucro de operações recorrentes caiu 15% na comparação anual, para 9,01 bilhões de euros.

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