Ações judiciais e protestos tumultuaram a criação do shopping Higienópolis. Exigentes, os vizinhos conseguiram evitar um monstrengo cego, como o shopping Santa Cruz, ou centros comerciais como os do eixo Faria Lima —marginal, sem uma mísera loja olhando para a calçada.
Sob pressão, o shopping acabou oferecendo bancos com encosto, uma entrada e saída de veículos menos agressiva ao pedestre, e foi obrigado a preservar alguns casarões do século passado, ocupados por lojas nada escondidas.
Trinta anos depois, Higienópolis comprova que senso de comunidade e a convivência com obras de Rino Levi, Franz Heep e Victor Reif fazem desse bairro uma ilha entre tantos bairros vulneráveis aos pior do mercado imobiliário.