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Data: 03/07/2025

Editoria: Casas Bahia, L-Founders
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Casas Bahia derrete 60% em cenário sem Michael Klein

Ações despencaram desde que o empresário desistiu de tomar o conselho, em abril

Por Pedro Gil 3 jul 2025, 13h19

 

As ações das Casas Bahia bateram o mínimo em quatro meses nesta quarta-feira, 2, fechando a R$ 3,03. Com isso, acumulam queda de 60% desde que Michael Klein, filho do fundador Samuel Klein, abortou uma tentativa de retomar o comando do conselho de administração. O empresário havia convocado uma assembleia para destituir o presidente do conselho, Renato Carvalho do Nascimento, da consultoria Laplace. Mas a notícia de que Klein cancelou o pedido dando um voto de confiança à administração da companhia derrubou as ações em 14,36% no dia 8 de abril.

Desde então, a vida dos acionistas minoritários só piorou e o papel foi ladeira abaixo. O conselho de administração aprovou em junho um plano para antecipar a conversão de debêntures detidas por Bradesco e Banco do Brasil, que vai diluir os acionistas atuais em 80%. Embora amarga, a conversão agora era considerada inevitável para dar algum fôlego à companhia, reduzindo o endividamento. Quando as debêntures foram emitidas, no ano passado, a expectativa era de que a empresa pudesse se reerguer e pagar a dívida, ou ao menos se valorizar na bolsa e chegar a um valor de mercado que não prejudicasse tanto os acionistas atuais na hora da conversão. Mas desde o anúncio da emissão das debêntures, em 30 de julho de 2024, as ações perderam um terço do valor (-33,7%).

A insegurança para os investidores aumentou com o anúncio de que os bancos repassaram o direito às ações para a gestora Mapa Capital, que deverá se tornar controladora das Casas Bahia até agosto, com a conversão das debêntures. Até agora, a Mapa não informou o que pretende fazer com as ações e com o controle da companhia.