Investigação constatou que empresa aumentou certos preços antes de reduzi-los, dando ‘a consumidores impressão de que estão fazendo um ótimo negócio’
Por O Globo — Rio de Janeiro
03/07/2025 11h40 Atualizado agora
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A França anunciou uma multa recorde de € 40 milhões (cerca de R$ 254 milhões) contra a gigante chinesa de comércio eletrônico Shein nesta quinta-feira por “práticas comerciais enganosas” em relação aos seus preços e impacto ambiental. A multa ocorre em meio à pressão na França contra essas empresas icônicas de “ultra-fast fashion” por seu impacto econômico e ecológico. O Parlamento está debatendo medidas para conter sua ascensão.
A Autoridade Francesa de Concorrência e Antifraude (DGCCRF) afirmou que a investigação concluiu que a Shein utilizou “práticas comerciais enganosas contra os consumidores em relação a (…) reduções de preços”.
Especificamente, a investigação, que durou quase um ano, constatou que a empresa aumentou certos preços antes de reduzi-los, dando “aos consumidores a impressão de que estão fazendo um ótimo negócio”, acrescentou em um comunicado.
Onze por cento dos descontos foram, na verdade, “aumentos de preços”, em 57% dos casos, nenhum desconto foi oferecido e, em 19%, a queda de preço foi “menos significativa do que o anunciado”, afirmou.
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A empresa, fundada na China e lançada em 2015 na França, onde experimentou um crescimento significativo no setor de vestuário e calçados, aceitou a multa proposta no acordo do Ministério Público, especificou a autoridade francesa.
A empresa, que se tornou representante do lado negativo da “moda ultrarrápida”, é alvo de críticas por causar poluição ambiental, bem como por concorrência desleal e más condições de trabalho. Em declaração à AFP, a Shein afirmou ter implementado as medidas corretivas necessárias “sem demora” dois meses após tomar conhecimento da investigação da DGCCRF em março do ano passado.