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Data: 01/07/2025

Editoria: Shopping Pátio Higienópolis
Assuntos:

Juros altos aumentam custos do varejo

Pessoas na loja da Magalu
  • receitas (R$ 134,8 bilhões) – crescimento de 10%. No entanto, os custos de aquisição dos produtos e serviços de frete e energia elétrica cresceram de 13% a 14%.

Dessa forma, o Valor Adicionado Total a Distribuir (R$ 27,9 bilhões) cresceu 5% em relação ao 1º trimestre de 2024, sendo assim distribuído:

  • pessoal (R$ 11,1 bilhões) – representa 40% do VAD, incremento de 2 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior;
  • impostos federal, estaduais e municipais (R$ 8,0 bilhões) – representam 29% do VAD;
  • remuneração de capitais de terceiros (R$ 7,8 bilhões) – representa 28% do VAD versus 25% do 1º trimestre do ano anterior (R$ 6,6 bilhões). O aumento decorre da elevação da taxa de juros neste trimestre.

Enquanto as taxas de juros se mantiveram em 12,50% no início do ano anterior, com uma redução para 12,25% em março de 2024, neste ano as taxas já se encontravam no patamar de 13,25%, passando para 14,25% em fevereiro e 14,75% em março.

Os efeitos dessas taxas de juros são extremamente gravosos para os resultados das empresas de varejo que demandam capital de giro significativo para financiar as vendas aos seus consumidores.

  • remuneração de capitais próprios (R$ 855 milhões) – representa 3% do VAD ou 0,6% do total das receitas. O infográfico abaixo mostra visualmente os efeitos do crescimento dos juros sobre os resultados das empresas:

Trimestre a trimestre, ano a ano, os números evidenciam os efeitos danosos ao varejo brasileiro das altas de juros principalmente a partir do 2º semestre de 2021, em uma crescente até atingir o patamar de 15% em junho de 2025, afetando dramaticamente os resultados das empresas varejistas.

Como o varejo é o final da cadeia de produção até chegar ao consumidor final, todo o sistema produtivo é impactado, das matérias e produtos primários até os produtos finais, afetando a sociedade como um todo.

Todos sabemos que a taxa de juros é parte do sistema econômico (política monetária) que inclui as contas públicas, que vem apresentando deficits fiscais significativos, acarretando, por sua vez, custo financeiro em torno de R$ 1 trilhão à nação brasileira em consequência de uma dívida atualmente impagável.

Urge uma ampla e profunda discussão dos líderes dos poderes públicos, Executivo, Legislativo e Judiciário (presidentes da República, da Câmara, do Senado e do Supremo Tribunal Federal), para promover um grande acordo na definição de políticas públicas que abranjam reformas na administração do Estado brasileiro e dos gastos públicos nos níveis federal, estadual e municipal, inclusive da Previdência, que está prestes a atingir também a cifra estratosférica de R$ 1 trilhão.

Como está, não é possível continuar!