A cada hora, 28 pessoas são furtadas na cidade de São Paulo. De janeiro a abril, Perdizes, Sé, Pinheiros e Campos Elísios foram os distritos com mais registros, mostrando as dificuldades de reduzir esses crimes na zona oeste e na região central.
Foram 82,7 mil furtos na capital, alta de 5,4% ante o mesmo período de 2024, segundo dados da Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP). Chamam a atenção as altas em regiões de alto padrão, como Pinheiros e Vila Mariana, além do centro, que vinha puxando as quedas, tendência que mudou recentemente.
É o maior número de furtos para o 1º quadrimestre desde o início da série histórica, iniciada em 2001. Por outro lado, após atingir o mínimo histórico no ano passado, os roubos (se há violência física ou grave ameaça) seguem em queda.
Em nota, a SSP aponta “importantes avanços” na capital entre janeiro e abril. “Os roubos em geral caíram 13,73%, atingindo o segundo menor índice da história para o quadrimestre”, diz a secretaria, que destaca recuo nos furtos de veículos.
A pasta diz seguir empenhada na “elaboração e execução de políticas públicas voltadas ao enfrentamento de todas as modalidades criminosas e na preservação da integridade” da população, “com atenção especial aos crimes contra a vida”. Como mostrou o Estadão, os homicídios tiveram alta no começo do ano.
Para acompanhar a dispersão de crimes, o Estadão disponibiliza, de forma exclusiva, o Radar da Criminalidade. A ferramenta calcula o número de ocorrências em um raio de 500 metros de uma localização.
Basta digitar o endereço dentro da cidade no buscador. Uma dica é colocar o logradouro (nome da rua ou avenida, por exemplo) com número. O Radar considera, por padrão, o centro da via quando o numeral não é apontado na busca.
A ferramenta também tem recurso de localização automática, que reconhece onde você está sem que seja preciso digitar o endereço. Uma permissão para uso do GPS pode ser solicitada.
Cada círculo (⬤) no mapa corresponde a um crime, com base no relatório mais recente divulgado pela SSP (referente a outubro), e está categorizado por cor segundo o tipo de delito. É possível comparar a variação de ocorrências em relação ao mesmo mês do ano passado.