Veículo: Folha de S.Paulo
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Data: 17/06/2025

Editoria: Shopping Pátio Higienópolis
Assuntos:

Jornalista presa por ofensas homofóbicas no sábado volta a ofender homens gays em condomínio em SP

A jornalista Adriana Catarina Ramos de Oliveira, 61, foi filmada ofendendo três homens gays nesta segunda-feira (16) — dois dias após chamar um indivíduo de “bicha nojenta” no shopping Iguatemi, em São Paulo, e ser presa.

O caso desta vez foi registrado no condomínio onde a mulher vive, no bairro de Higienópolis, centro da capital paulista.

Uma mulher está em um ambiente interno, aparentemente em um hotel ou prédio comercial. Ela está usando uma camiseta listrada e calças escuras, segurando uma mala de rodinhas com uma mão e uma sacola com a outra. A mulher parece estar expressando uma emoção intensa, possivelmente raiva ou frustração. Ao fundo, há uma decoração simples com uma mesa e cadeiras, além de uma obra de arte na parede.
Adriana Catarina Ramos de Oliveira, 61, foi presa no sábado sob suspeita de homofobia e solta no domingo, mas voltou a ofender três homens gays nesta segunda no condomínio onde mora – Reprodução de vídeo

Segundo relato das vítimas, o ataque ocorreu no saguão do prédio. Ao ver os homens, Catarina teria começado a ofendê-los com termos homofóbicos e fazer suposições sobre os hábitos sexuais do grupo.

Vídeos gravados pelos ofendidos mostram a agressora os chamando de “boiolas” e “gaiola das loucas”, referência ao filme LGBTQIA+ de Mike Nichols.

Catarina ainda faz insinuações sobre sexo, dizendo que os homens “querem dar o c.” e têm relações “a noite inteira”.

Polícia Militar foi acionada e encaminhou a jornalista para uma delegacia. Ela prestou depoimento e foi liberada. Os agredidos devem prestar uma queixa-crime.

“Foi um momento extremamente constrangedor e humilhante, que nos expôs de forma cruel e injusta”, diz Gustavo Leão.

Do domingo (15), Catarina conseguiu a liberdade provisória subordinada a medidas cautelares.

De acordo com o Tribunal de Justiça, ela deve comparecer mensalmente em juízo para informar e justificar suas atividades, assim como eventual atualização de endereço. Ela está proibida de frequentar o shopping Iguatemi, onde os fatos ocorreram e a vítima trabalha, segundo o tribunal.

A jornalista também não pode se ausentar da cidade por mais de oito dias sem comunicação prévia. Se ela descumprir as restrições, pode voltar imediatamente à prisão.

A reportagem não conseguiu contato com a defesa da jornalista. Adriana não respondeu às mensagens enviadas em sua rede social.

Em sua conta no Facebook, consta que ela é de Campinasinterior de São Paulo, e se formou em jornalismo na PUC-Campinas. Nas redes sociais, ela mescla comentários sobre notícias, política e mensagens religiosas.