As marcas mais valiosas do Brasil tiveram valorização de 2,7% e alcançaram US$ 79,4 bilhões, conforme o ranking Brand Finance Brazil 100 2025, que compara 2024 e 2023. Ainda que o resultado tenha sido positivo, o desempenho está abaixo do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do ano passado, que avançou 3,4%, para R$ 11,7 trilhões, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O banco Itaú se manteve na liderança da lista pelo nono ano consecutivo, avaliado em US$ 8,6 bilhões, alta de 3%. Já o Banco do Brasil e o Bradesco aparecem em segundo e terceiro lugares, respectivamente, ainda que tenham tido queda nos seus valores.
O que mais chama atenção, entretanto, é o Nubank, que teve um crescimento de 195% de um ano para o outro, para US$ 4 bilhões. Com isso, a instituição financeira subiu 10 posições para a quarta colocação, entrando pela primeira vez no top 10. A Caixa, por sua vez, ficou em quinto lugar. (ver ranking ao lado).
Para chegar a essa lista, a Brand Finance avalia anualmente mais de 5 mil das maiores e mais fortes marcas do mundo, utilizando uma abordagem que combina rigor financeiro com entrevistas com consumidores.
O estudo aponta que o aumento do Nubank se deve ao seu modelo de negócios inovador, que prioriza a experiência do cliente, a oferta de produtos financeiros simples e digitais, e à capacidade de se conectar com um público mais jovem e digitalmente engajado. A popularidade crescente e a expansão contínua para novos mercados, como outros países da América Latina, também contribuíram para o crescimento expressivo da marca.
Não à toa, o Nubank aparece na liderança do levantamento de marca mais forte do Brasil, com um Índice de Força de Marca (Brand Strength Index – BSI) de 95,3 de 100, recebendo a classificação AAA+. O banco digital possui forte reconhecimento de marca e altos níveis de consideração e recomendação, refletindo sua familiaridade e confiança entre os consumidores brasileiros.
“Nossa pesquisa evidencia que marcas bem geridas entregam valor tangível e mensurável em múltiplas dimensões”, diz o sócio-diretor Brand Finance no Brasil, Eduardo Chaves.
Fechando o top 10, estão a Vale, que caiu 18%, para US$ 2,5 bilhões, a Vivo que avançou 26%, para US$ 2,1 bilhões, e a Sadia, com alta de 18%, para US$ 2,1 bilhões.