Aproveitando o cenário promissor do e-commerce na América Latina — com as vendas diretas nos seis maiores mercados da região projetadas para superar US$ 220 bilhões até 2029, a uma taxa média anual de 12,7%, ante os US$ 123 bilhões registrados em 2024 — o Jefferies iniciou a cobertura de Magazine Luiza (MGLU3) om recomendação de compra e preço-alvo de R$ 13,60. Às 12h55 (horário de Brasília) desta quinta-feira (22), a ação da varejista subia 5,65%, a R$ 9,73; na máxima do dia, os papéis chegaram a saltar 9,45%, a R$ 10,08. .
O banco de investimentos destaca que o momento de vendas ainda é fraco, mas deve melhorar com a expansão do crédito e novas iniciativas. “As margens devem melhorar levemente mesmo sem novos investimentos, o que impulsionaria o retorno sobre capital investido (RoIC)”, aponta a equipe de análise.
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Os analistas destacam que o endividamento e os juros elevados continuam pressionando os lucros, mas a desalavancagem deve seguir em curso. A alavancagem caiu de 12,7 vezes o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) no 1T22 para 4,5 vezes atualmente.
O Jefferies considera o Magazine Luiza uma das melhores apostas em um cenário de queda de juros — com projeção de que uma redução de 1 ponto percentual impulsionaria o lucro antes dos impostos (EBT) em 166%.
Em termos de avaliação, o banco vê Magalu negociando próxima das mínimas históricas, em 6,3 vezes Valor da Firma (EV)/Ebitda para 2025.
Entre 2017 e 2020, as ações da Magalu dispararam com a virada omnicanal e o impulso da COVID-19. No entanto, após 2020, a alta dos juros, a queda na confiança do consumidor e uma estrutura de capital sobrecarregada causaram uma queda de 97% no preço das ações.
Apesar disso, a Magalu tem superado concorrentes desde 2021 e está bem posicionada para o próximo ciclo de redução de juros e crescimento de bens duráveis no Brasil. Além disso, a expansão de suas outras iniciativas deve melhorar margens e retornos.