Veículo: Estadão
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Data: 06/01/2025

Editoria: Shopping Pátio Higienópolis
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Até onde pode ir o dólar? Saiba quais os fatores que devem influenciar a moeda americana em 2025

Em 2025, uma das grandes preocupações dos analistas é qual será o comportamento do dólar diante de cenário de tantas incertezas internas e externas. Depois de avançar mais de 27% e se consolidar acima de R$ 6 em 2024, a moeda norte-americana acumulou leve alta de 0,03% nos primeiros dois pregões deste ano, cotada a R$ 6,1821.

“O dólar segue muito valorizado em termos globais. Todos os índices do dólar contra cestas de moedas estão em patamares elevados”, afirma Silvio Campos Neto, economista e sócio da consultoria Tendências. “Não vejo margem para um grande alívio na parte externa.”

Do lado internacional, a principal incerteza vem dos Estados UnidosDonald Trump volta ao cargo de presidente dos EUA em 20 de janeiro. Na campanha, o republicano prometeu uma série de medidas, como a adoção de tarifas de importação. A medida tem um risco de ser inflacionária e dificultar ainda mais a queda da taxa básica de juros pelo Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano).

“As novas políticas de Trump podem afetar as expectativas de inflação e, por consequência, a direção do Fed nos juros”, diz Alexandre Espirito Santo, economista da Way Investimentos e coordenador de economia e finanças da ESPM.

 

Dólar deve seguir valorizado este ano, projetam economistas
Dólar deve seguir valorizado este ano, projetam economistas Foto: Clayton de Souza/AE

No seu encontro de dezembro, o Fed reduziu as taxas de juros norte-americanas em 0,25 ponto porcentual, para a faixa entre 4,25% a 4,50% ao ano. O BC dos EUA sinalizou que deve reduzir os juros apenas duas vezes em 2025.

Depois da decisão, o presidente do banco central norte-americano, Jerome Powell, afirmou estar confiante que a inflação está em uma trajetória de queda nos Estados Unidos, embora em um ritmo mais lento. Ele afirmou que os EUA podem levar mais um ou dois anos para alcançar a meta de inflação 2%.

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Juros mais altos nos Estados Unidos tendem a atrair recursos de economias consideradas mais arriscadas, como é o caso da brasileira.