Veículo: G1
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Data: 02/12/2024

Editoria: L-Founders
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Dólar opera em alta e bate R$ 6,09, com cenário fiscal e falas de Trump no foco; Ibovespa cai

O dólar opera em alta nesta segunda-feira (2), iniciando o último mês de 2024, com o mercado brasileiro ainda repercutindo o cenário fiscal brasileiro, mas na expectativa pela divulgação de novos dados econômicos ao longo da semana.

O destaque fica com o Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre no Brasil, mas a semana também conta com novos números do mercado de trabalho dos Estados Unidos.

Esses números, tanto aqui quanto lá fora, são observados com atenção porque podem trazer novas pistas sobre quais devem ser os próximos passos dos bancos centrais nos dois países em relação às taxas de juros.

Já o Ibovespa, bolsa de valores brasileira, a B3, opera em queda.

Dólar

 

Às 16h10, o dólar subia 1,03%, cotado a R$ 6,0626. Na máxima do dia, chegou a R$ 6,0913. Veja mais cotações.

Na última sexta-feira, a moeda subiu 0,19%, cotada a R$ 6,0005, no maior patamar nominal da história, desde o lançamento do Plano Real. Na máxima do dia, chegou a R$ 6,1156.

Com o resultado, acumulou:

  • alta de 3,21% na semana;
  • ganho de 3,79% no mês;
  • alta de 23,66% no ano.

Ibovespa

 

No mesmo horário, o Ibovespa caía 0,01%, aos 125.653 pontos.

Na sexta, o índice encerrou em alta de 0,85%, aos 125.668 pontos.

Com o resultado, acumulou:

  • queda de 2,68% na semana;
  • perdas de 3,12% no mês;
  • recuo de 6,35% no ano.

 

O que está mexendo com os mercados?

 

Os novos dados econômicos previstos para esta semana devem ser os principais pontos de atenção do mercado nos próximos dias.

No Brasil, destaque para o PIB. A projeção de mercado aponta para uma alta de 1,4% no período, acumulando avanço de 3,3% na base anual.

Uma atividade muito aquecida pode levar o Banco Central (BC) a promover novas altas e mais intensas na Selic, taxa básica de juros, porque a economia forte tende a gerar mais inflação — principalmente em um ambiente de gastos públicos elevados.

Vale lembrar que, na última semana, o mercado reagiu negativamente ao pacote de corte de gastos anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, visando o equilíbrio das contas do governo federal.

As medidas preveem um corte de R$ 70 bilhões em gastos públicos em 2025 e 2026, chegando a uma contenção de gastos de R$ 327 bilhões até 2030.

Para isso, o pacote traz uma série de mudanças, como por exemplo no salário-mínimo, em programas sociais, na aposentadoria de militares e em emendas parlamentares. O pacote era amplamente esperado pelo mercado, e o total de R$ 70 bilhões em cortes era visto com bons olhos.