O boicote do fornecimento de carne bovina ao Grupo Carrefour no Brasil feito pelos grandes frigoríficos em retaliação à decisão do CEO global da rede francesa CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, de suspender a compra de carne de países do Mercosul, deve provocar um rearranjo “momentâneo” na cadeia de abastecimento dos supermercados, segundo especialistas do mercado varejista ouvidas pelo Estadão.
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O Carrefour deve buscar o produto nos frigoríficos menores, que normalmente não têm acesso à maior rede de supermercado do País. E, por sua a vez, os grandes frigoríficos, que encabeçaram o boicote à rede francesa, vão distribuir seu produto nos supermercados concorrentes e em redes de restaurantes.
“A carne deve ficar mais cara nas lojas do Carrefour, mas não acredito que vá faltar”, disse um varejista que prefere o anonimato. O provável encarecimento da carne para o Carrefour deve ocorrer porque os médios frigoríficos não têm escala para abastecer todo o volume de que o Grupo precisa.
Nas contas do mercado, considerando todas as bandeiras (Carrefour, Atacadão e Sam’s Club), calcula-se que a rede seja responsável por 10% do volumes comercializados no varejo.