De acordo com informações do jornal Folha de S.Paulo, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deverá analisar o caso por até 330 dias, devido a divergências sobre o impacto da união no mercado e à supostas dificuldades das empresas em fornecer dados solicitados para a avaliação.
As companhias apostaram na tese de que seus maiores competidores são marketplaces, como Amazon e Mercado Livre, e que, portanto, a fusão não comprometeria a concorrência no setor. No entanto, técnicos do Cade indicam que essa estratégia não convenceu a autarquia, que deve usar todo o prazo legal de análise, que vai de 240 a até 330 dias. Até que o parecer seja emitido, as duas empresas precisam manter suas operações separadas e agir como concorrentes independentes.
Petz e Cobasi: dificuldades em definir mercado de pet shops
Ainda de acordo com a publicação, a demora também está ligada à dificuldade de definir o mercado exato em que as duas redes atuam, o que envolve buscar dados mais detalhados do setor e das empresas. Segundo fontes envolvidas, os dados necessários para essa análise têm sido fornecidos de forma limitada, o que força o Cade a um processo mais prolongado e rigoroso.
Essas informações fazem as ações PETZ3 caírem 0,80%, na tarde desta terça-feira (12), sendo negociadas na bolsa de valores a R$ 4,94.
A fusão entre as duas companhias foi oficializada em agosto deste ano, com a assinatura de um acordo de associação entre as duas companhias. A fusão Petz e Cobasi, que une duas das principais redes de produtos e serviços para animais de estimação no país, resultará na formação de uma nova empresa, com receita líquida combinada de R$ 6,9 bilhões e um EBITDA de R$ 464 milhões.
Segundo o acordo, a Petz se tornará uma subsidiária integral da Cobasi. A fusão será executada em duas etapas: inicialmente, a Cobasi incorporará as ações da Petz por meio de uma subsidiária integral, seguida pela incorporação dessa subsidiária pela própria Cobasi.