Este procedimento pode ser uma opção para mulheres que possuem fatores genéticos ou históricos familiares que aumentam significativamente suas chances de contrair a doença.
Embora a decisão de passar por uma mastectomia preventiva seja profundamente pessoal e envolva considerações emocionais, psicológicas e médicas, é essencial entender em que circunstâncias ele pode ser recomendado e quais são os riscos e benefícios desse procedimento. Leia para saber mais!
Quando a mastectomia preventiva é recomendável?
A mastectomia preventiva pode ser indicada em casos de alto risco de câncer de mama, especialmente para mulheres que têm uma mutação genética nos genes BRCA1 ou BRCA2. De acordo com o Dr. Ailthon Luiz Takishima, esses genes, quando alterados, aumentam substancialmente a probabilidade de desenvolvimento de câncer de mama e de ovário. Mulheres que possuem um histórico familiar forte de câncer de mama, como aquelas com várias parentes de primeiro grau afetadas pela doença, também podem ser aconselhadas a considerar esse procedimento.
Além das mutações genéticas, outras condições podem aumentar o risco de câncer de mama, como a exposição prolongada a hormônios femininos, especialmente para mulheres que iniciaram a menstruação muito cedo ou que entraram na menopausa tardiamente. Mulheres com histórico pessoal de câncer de mama em uma mama também podem optar pela mastectomia preventiva na outra mama, a fim de minimizar o risco de uma recidiva.
Quais são os riscos e benefícios da mastectomia preventiva?
Os benefícios da mastectomia preventiva são principalmente a redução significativa do risco de câncer de mama. Estudos mostram que a cirurgia pode reduzir o risco de desenvolver câncer de mama em até 90% em mulheres com mutações genéticas específicas. Para muitas mulheres, a segurança de não ter que se preocupar com o diagnóstico de câncer de mama oferece uma sensação de alívio e controle sobre a própria saúde. Além disso, a mastectomia preventiva pode eliminar a necessidade de tratamentos agressivos, como quimioterapia, caso o câncer se desenvolva.
Por outro lado, conforme destaca o médico Ailthon Luiz Takishima, a mastectomia preventiva envolve riscos, como qualquer outro procedimento cirúrgico. Complicações podem incluir infecções, problemas com a cicatrização e alterações na sensação da área afetada. Além disso, a remoção dos seios pode ter um impacto emocional significativo, já que a mama tem um papel importante na identidade feminina e na autoestima de muitas mulheres. A decisão de se submeter à mastectomia preventiva deve, portanto, ser tomada com a orientação de uma equipe médica experiente, que leve em conta todos os fatores de risco, possíveis complicações e as necessidades emocionais e psicológicas da paciente.
Como a decisão de fazer a mastectomia preventiva afeta a vida do paciente?
A decisão de realizar uma mastectomia preventiva não afeta apenas a saúde física da paciente, mas também pode ter um profundo impacto psicológico e emocional. Muitas mulheres relatam sentir-se mais seguras após a cirurgia, pois a retirada dos seios reduz a ansiedade relacionada ao risco de câncer. No entanto, também pode haver sentimentos de luto pela perda da parte do corpo que está associada à feminilidade e à identidade sexual. O apoio psicológico e o acompanhamento contínuo são essenciais para ajudar a paciente a lidar com essas mudanças emocionais.
Ademais, a mastectomia preventiva pode alterar o modo como a mulher se relaciona com sua própria imagem corporal. Algumas optam pela reconstrução mamária após a cirurgia, o que pode ajudar a restaurar a autoestima, enquanto outras preferem não fazer essa reconstrução. Como alude o cirurgião plástico Ailthon Luiz Takishima, a escolha de reconstruir ou não os seios depende das preferências pessoais de cada mulher, de sua saúde física e de sua resposta emocional ao procedimento.
A importância do apoio profissional na decisão pela mastectomia preventiva
Em suma, a mastectomia preventiva é um procedimento complexo que oferece vantagens em termos de redução de risco para mulheres com altos fatores de risco para câncer de mama, mas também envolve riscos físicos e emocionais consideráveis. Cada mulher deve ser cuidadosamente orientada sobre os benefícios e as possíveis complicações, considerando não apenas os aspectos médicos, mas também os emocionais. A decisão de se submeter a essa cirurgia deve ser tomada com o apoio de profissionais especializados, que possam fornecer uma visão equilibrada e compreensiva sobre todas as opções disponíveis.
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