As vendas líquidas (excluindo postos de gasolina) aumentaram em +3% A/A, apoiadas por um crescimento acelerado nas vendas mesmas lojas (SSS) no Pão de Açúcar (com +4,6%), um bom desempenho do formato de proximidade (+14% A/A, resultante de +43 aberturas nos últimos 12 meses) e uma performance em melhoria no Extra (SSS +5,8%), que mais do que compensaram a queda nas vendas da Aliados (B2B) (-32%), já que o GPA continua focado em melhorar sua rentabilidade.
A rentabilidade foi novamente um destaque, com o EBITDA ajustado 5% acima do que esperávamos. A margem bruta aumentou em 110 pontos-base ano a ano, devido a melhores condições comerciais com fornecedores, uma nova política de descontos, iniciativas de mídia de varejo e custos logísticos mais baixos, enquanto a margem do EBITDA Ajustada aumentou em 1,4 p.p A/A, resultante de eficiências em SG&A. No entanto, apesar do desempenho operacional, o prejuízo líquido veio pior que o esperado (operações continuadas em -R$311 milhões), devido a despesas relacionadas a contingências fiscais e trabalhistas e ao fechamento de lojas do Extra Mercado, enquanto o fluxo de caixa livre foi negativo em R$187 milhões.
É interessante notar que: i) o GPA mencionou que setembro foi um mês forte para volumes no Pão de Açúcar e preços em todos os formatos, com as categorias FLV (Frutas, Legumes e Verduras) e Mercearia Básica se beneficiando de uma inflação mais alta; ii) O resultado final continua sendo impactado pelas contingências trabalhistas do Extra Hiper, embora em queda em relação ao trimestre anterior; iii) A gestão vê espaço para uma maior expansão da margem impulsionada por melhorias operacionais, como revisão de categorias, otimização de estratégias promocionais, condições comerciais e retail media; e iv) A alavancagem (ND/EBITDA ajustado excluindo IFRS) atingiu 2,9x (contra 8,8x no 3T23 e 2,8x no 2T24).