O Amazonas deve registrar 500 casos de câncer de mama em 2024, segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Ainda de acordo com o levantamento do órgão, é esperado que a capital Manaus lidere os casos com o total de 420 registros da doença.
A estimativa é realizada para os 26 estados da federação pelo Inca com base na fórmula desenvolvida pelo Observatório Global do Câncer (Globocan). O estudo cruza dados como a incidência da doença e a mortalidade e define uma estimativa de até cinco anos.
Em 2023, a estimativa foi de que o Amazonas tivesse 570 casos de câncer de mama. Os números divulgados estão no boletim de Controle de Câncer de Mama no Brasil, divulgados pelo Inca em 2024.
O câncer de mama é o tipo mais comum da doença, com mais de 2,2 milhões de casos em todo o mundo todos os anos, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Estima-se que cerca de uma em cada 12 mulheres vá desenvolver câncer de mama ao longo da vida.
A médica oncologista, Emanuelly Karla Oliveira Duarte, alerta que o método mais eficaz para o rastreamento e diagnóstico precoce da doença é a mamografia com tomossíntese, e em alguns casos pode ser utilizado a ultrassom e ressonância das mamas.
A médica ainda completa dizendo que, ao longo dos últimos anos, o tratamento da doença vem tendo avanços bastantes significativos, tanto com os tratamentos cirúrgicos que são menos invasivos e mutiladores, como com o tratamento a base de medicamentos com uma resposta em menos tempo.
A especialista destaca que o câncer descoberto em estágios iniciais apresenta chances maiores de cura, e o tratamento geralmente é realizado com cirurgia. Já nos casos de pacientes com tumores mais avançados, apesar das melhorias no tratamento, as chances de cura ainda são muito baixas.