Veículo: Folha de S.Paulo
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Data: 03/12/2025

Editoria: L-Founders, petz/cobasi
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Fusão de Petz e Cobasi deve ser pautada no Cade nesta quinta (4)

  • Julgamento ocorrerá no dia 10 de dezembro, última sessão do tribunal deste ano
  • Superintendência-geral do Cade aprovou sem restrição a operação, anunciada em agosto do ano passado
São Paulo

O Plenário do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) deixou para a última sessão do ano o julgamento de um dos negócios mais controversos dos últimos tempos: a fusão entre Petz e Cobasi. A transação entre as gigantes do mercado brasileiro de pets deve ser pautada nesta quinta (4) e o julgamento ocorrerá na próxima sessão, no dia 10 de dezembro.

A fusão, que vai criar um conglomerado com faturamento anual de R$ 7 bilhões, já foi aprovado, sem restrições, pela Superintendência-Geral do Cade em junho deste ano.

A imagem mostra um corredor de uma loja de ração, com prateleiras organizadas em ambos os lados. As prateleiras estão repletas de pacotes de ração para animais, com diversas marcas e tipos, incluindo ração seca e úmida. O ambiente é bem iluminado, e o piso é de concreto. No fundo, há mais prateleiras com produtos empilhados.
Unidade da Petz no bairro Itaim Bibi, na zona sul da capital paulista – Jardiel Carvalho – 10.abr.2025/Folhapress

Na época, o órgão observou que a operação gera concentração relevante em algumas localidades em relação ao comércio varejista de produtos para animais de estimação. Mas, segundo a decisão, isso é compensado pela facilidade de entrada de concorrentes nesse mercado, por sua ampla diversidade e pelo grande número de players.

Na apresentação da proposta de fusão aos acionistas, a Petz e a Cobasi disseram que, juntas, ambas terão aproximadamente 11% de participação de mercado.

Segundo a análise da Superintebdência-Geral, a diversidade de atores, modelos de negócios e portes impede a consolidação de um formato dominante, favorecendo a fusão. Marketplaces, supermercados, agrolojas e petshops menores são capazes de exercer pressão competitiva suficiente para conter eventual exercício de poder de mercado pelas redes após a fusão, segundo a decisão.

De lá para cá, porém, o negócio enfrentou resistência de uma grande concorrente do comércio online, a Petlove, que atuou contra a fusão junto da ONG Instituto Caramelo e o IPSConsumo (Instituto de Pesquisas e Estudos da Sociedade e Consumo).

Com a pressão, o Congresso Nacional e o próprio Cade realizaram audiências públicas para discutir melhor a concorrência no setor de animais de estimação do Brasil e entender melhor os impactos da fusão entre as duas gigantes desse mercado.

O caso está sob a relatoria do conselheiro José Levi Mello do Amaral Jr..