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RESUMO
O pouso é suave, como dizem os economista, mas os dados do comércio divulgados nesta quinta-feira, pelo IBGE, não deixam mais dúvidas de que o setor está desacelerando. O volume de vendas no varejo recuou 0,3% frente a agosto, quando a média do mercado apostava em uma variação positiva de 0,4%. Depois de alcançar sua máxima história em março, o setor teve nos últimos seis meses apenas uma variação positiva e ainda assim próxima de zero. Na avaliação de Rodolpho Tobler, economista do FGV Ibre, os dados indicam que este ano, diferentemente do que se observa desde o início da pandemia, não se deve ter aumento nas vendas de Natal em relação ao ano passado.
– Isso não quer dizer que as vendas serão ruins, elas devem estar próximas as de 2024. Mas se reverter uma tendência de crescimento constante nos últimos anos. Os resultados do comércio nos últimos meses reforçam que a economia desaceleram. Junto a indústria, o varejo está entre os primeiros setores a sentir o impacto dos juros. Já os serviços ainda mostram resiliência, apesar da Selic em patamar elevado, diante do aumento da renda e da taxa de desemprego no menor patamar histórico – pontua o economista.
Tobler ressalta que no caso do varejo a desaceleração tem se dado de forma uniforme, não havendo destaque para nenhum segmento específico. Em setembro, seis das oito atividades pesquisadas registraram variação negativa. Nada indica, diz o economista, uma reversão desse cenário para os próximos meses:
– De forma geral, todos os segmentos têm perdido fôlego. Se sobe em um mês, cai no outro. Nada indica mudança nesse quadro. Agora em novembro a gente sabe que pode ter aumento de venda por causa da Black Friday, em dezembro tem Natal, são questões sazonais, mas nada indica que os números serão melhores do que no ano passado.