Veículo: Valor Econômico
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Data: 05/11/2025

Editoria: Iguatemi, L-Founders
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Iguatemi prevê elevar investimentos para R$ 550 milhões, em 2026 e 2027, diz comando

Empresa pretende manter distribuição de dividendos no mesmo patamar deste ano, em R$ 200 milhões; tem nos planos ainda atingir ou superar margem Ebitda esperada para o ano e acelerar expansões
Por Ana Luiza Tieghi, Valor — São Paulo
05/11/2025 13h05 Atualizado há 2 horas

Shopping JK Iguatemi, em São PauloShopping JK Iguatemi, em São Paulo — Foto: Divulgação

A expectativa do Iguatemi para para 2026 e 2027 é elevar os investimentos para R$ 550 milhões. Por isso, ao menos para 2026, a empresa pretende manter sua distribuição de dividendos no mesmo patamar deste ano, em R$ 200 milhões, afirmou o vice-presidente financeiro, Guido Barbosa de Oliveira.

A empresa segue atenta a oportunidades de fusões e aquisições, bem como de venda de participação em ativos. Oliveira afirmou que o Iguatemi tem “excesso de controle” em shoppings que figuram em seu “tier 3”, e que estão abertos a vendas de participação, se houver uma oportunidade. Foi o que aconteceu com os shoppings Galleria, de Campinas, e Market

“Estamos olhando melhoria no horizonte para os fundos de investimento imobiliário (FIIs), com o mercado reprecificando, como reprecificou as empresas de shopping” disse, sobre os naturais compradores de participação em ativos do setor. “Se tiver oportunidade, sempre olharemos”.

Compras de participação também podem ocorrer, mas com a premissa de manter a alavancagem abaixo de 2 vezes, afirmou o presidente da companhia, Ciro Neto. O Iguatemi fechou o terceiro trimestre com uma relação de dívida líquida sobre Ebitda ajustado de 1,64 vez, ante 1,67 vez no mesmo período de 2024 e 1,9 vez no segundo trimestre deste ano.

Margem Ebitda e expansões

Com resultados operacionais considerados sólidos no terceiro trimestre, o Iguatemi prevê terminar o ano com margem Ebitda no topo do sua projeção ou acima dela, afirmaram Neto e Oliveira, em teleconferência de resultados com analistas, nesta quarta-feira (5). A previsão dada pela empresa é de 82% a 85% para a margem Ebitda de shoppings e de 75% a 79% para a margem Ebitda geral.

A ocupação dos shoppings da companhia ficou em 96,1% no terceiro trimestre, alta de 0,2 ponto percentual em um ano. Para Oliveira, a oportunidade de avanço nesse indicador está nos shoppings do interior de São Paulo, como de Ribeirão Preto e Sorocaba, onde a ocupação está em torno de 95%. Os principais ativos da empresa operam com 98% a 99% de ocupação.

Outra fonte de crescimento deve vir de expansões, que estão em andamento em diversos ativos da empresa No Iguatemi São Paulo, há uma expansão de 4 mil metros quadrados em andamento. Segundo ele, 50% dessa área já foram comercializados, com aluguel por metro quadrado acima do previsto.

No shopping Pátio Paulista, que a empresa começou a administrar em julho, há um teatro desativado com 5 mil metros quadrados de área. “Estamos olhando para isso”, disse o vice-presidente financeiro.

Os executivos relataram que já foi possível ter ganhos de eficiência na gestão de área do ativo, embora ainda haja oportunidades de melhoria no espaço de alimentação.

Outro ativo que começou mais recentemente a ser administrado pelo Iguatemi, o Rio Sul, no Rio de Janeiro, pode receber restaurantes paulistanos que são pedidos pelo público local, disse Neto.

Investimentos de 2025 em atraso

O Iguatemi está atrasado na projeção prevista para investimentos no ano, tendo somado R$ 191 milhões até setembro, ante uma projeção de R$ 330 milhões a R$ 400 milhões milhões para 2025.

Segundo Oliveira, isso tem sido motivado por atrasos no início de obras de expansão em São Paulo, Brasília e Campinas, por demora na obtenção de licenças ou no fechamento dos contratos com construtoras. “Devemos estar dentro do guidance [em 2025], considerando o que aceleramos de obras em outubro, temos recuperação prevista para os próximos meses”, disse.