Comida japonesa é indiscutivelmente popular em terras brasileiras, seja com a culinária fria ou quente, o sushi ou o lámen, o temaki ou o yakisoba. Os fãs dos sabores da Terra do Sol Nascente podem celebra-lo neste dia 1º de novembro, que é o Dia Internacional do Sushi -estabelecido pela Federação Nacional das Associações do Sushi do Japão em homenagem à chegada do inverno no Hemisfério Norte e, por consequência, o período de peixes mais gordos e maior safra de arroz.
Apesar de atum e salmão serem os queridinhos quando o assunto é sushi, os peixes brasileiros vêm ganhando cada vez mais destaque em omakases e combinados em território nacional. Tsuyoshi Murakami, chef do restaurante Murakami, lembra que “o Brasil tem um mar incrível, com muita variedade. Eu gosto da ideia de olhar para o que é nosso, mas é preciso entender que nem todo peixe serve para sushi. O peixe cru exige frescor absoluto, textura firme e gordura equilibrada. Quando encontramos isso, vale a pena usar.”
No restaurante consagrado com uma estrela Michelin por dois anos seguidos, são trabalhadas muitas variedades do litoral brasileiro e , segundo o chef, “a sardinha brasileira é única. É um peixe que representa bem a nossa terra: intenso e com personalidade. Quando bem tratada, fresca de verdade, ela tem um sabor profundo e limpo – perfeito para sashimi, nigiri, tempura, hossomaki etc.”
“Fora isso, o Brasil tem peixes incríveis, embiora não usemos todos no Murakami, como os de água doce. Agora, a garoupa e o robalo do litoral sul do Rio de Janeiro são incríveis, indicados para sushi, porque têm a carne firme. Para temaki e hossomaki, os que funcionam melhor são peixes de corte mais limpo e gordura equilibrada, como o atum brasileiro”, conclui.
Yukio Suzukawa, sushi shokunin do Aizomê – ou seja, artesão de sushi da casa -, também é fã de sardinha. “Meus pescados favoritos são os Hikarimonos (de pele azul e sabor mais intenso) como, carapau, serra, cavalinha e sardinha”. No restaurante, o foco é “promover o consumo do pescado sustentável e responsável”, por isso são usados os peixes sazonais e mais frescos do mercado, que incluem os muitos tipos encontrados no vasto litoral brasileiro.
Além do Murakami e do Aizomê, veja restaurantes que utilizam esses e outros peixes brasileiríssimos em seus sushis e comemore a data com sabor nipo-brasileiro:
Sushi Kenzo
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No Sushi Kenzo, o uso de peixes diversos é cotidiano. Além do omakase (a partir de R$ 550), há opções de combinados (a partir de R$ 220), rolls e niguiris. No caso dos niguiris, as duplas incluem de carapau (R$ 30), cavalhinha (R$ 35), linguado (R$ 40), pargo (R$ 45), robalo (R$ 50) e olho de boi (R$ 50).
Su
No Su, os peixes brasileiros vêm em diferentes preparos, como sashimi e niguiri. As opções são carapau, olhete, pargo e robalo, partindo de R$ 28 a dupla de niguiris e a partir de R$ 49 a dupla de sashimis.
Omakase Nihon
Comandando pelo empresário Leandro Dias, o Omakase Nihon serve um menu em 14 etapas (R$ 349) com preparos diversos que mudam a cada dia de acordo com a criatividade do sushi shokunin – são duas entradas, um principal, dez sushis e uma sobremesa.
No cardápio à la carte, os sushis de peixes brasileiros não faltam – opções que podem, inclusive, passar pelo omakase do dia a depender da decisão do chef. Alguns exemplos são pargo (R$ 18), o buri (R$ 18), carapau (R$ 16), namorado (R$ 18), linguado (R$ 18) e robalo (R$ 19).
Serviço
Murakami: Alameda Lorena, 1186 – Jardim Paulista | @restaurantemurakami
Aizomê: Japan House – Av. Paulista, 52 – 2ª andar – Bela Vista | Jardins – Alameda Fernão Cardim, 39 – Jardim Paulista | @aizomerestaurante
Sushi Kenzo: R. Thomaz Gonzaga, 45 – Liberdade | @sushikenzoliberdade
Su: Shopping Pátio Higienópolis – Av. Higienópolis, 618 – Higienópolis | @restaurante.su
Omakase Nihon: R. Antonio de Macedo Soares, 1377 – Campo Belo | @omakasenihon