Veículo: O Tempo
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Data: 22/10/2025

Editoria: Shopping Pátio Higienópolis
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Varejo em shoppings cresce e atrai novas marcas no segundo trimestre

O varejo de shoppings no Brasil voltou a crescer. Segundo o estudo “O Varejo de Shoppings – Marcas em Expansão”, da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), 1.358 marcas inauguraram lojas no segundo trimestre de 2025, distribuídas em 648 centros comerciais. O número representa um crescimento de 8,3% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram abertas 1.254 unidades.

A taxa média de ocupação chegou a 95,1%, o maior patamar dos últimos anos. E as vendas cresceram 3,1%, impulsionadas por datas comemorativas de alto giro, como Páscoa, Dia das Mães e Dia dos Namorados.

Alimentação puxa inaugurações

O segmento de Alimentação e Bebidas liderou as aberturas, com 26% das novas operações, seguido por Vestuário (18%) e Conveniência e Serviços (13%). O setor de Perfumaria e Cosméticos manteve força, com as marcas Wepink e Touti Cosmetics no topo do ranking de expansão.

Outras redes que aceleraram o crescimento incluem Realme, no segmento de telefonia, Milky Moo, na área de alimentação, e Photonow, de vending machines. A diversidade dos setores mostra que os shoppings deixaram de depender apenas de moda e passaram a atrair negócios híbridos, que misturam produto e serviço.

Entre as estreantes no ambiente dos shoppings, estão Bennemann (acessórios), Creamy (cosméticos), Planet Park (entretenimento) e Bio Mundo (conveniência e alimentação saudável). Já marcas tradicionais seguem apostando forte na expansão: a Mr. Black Café Gourmet pretende abrir 50 novas unidades até o fim do ano, a Buddha Spa quer encerrar 2025 com 160 operações, e a Capodarte projeta 200 novas lojas nos próximos cinco anos.

Por que os shoppings crescem enquanto o varejo segue tímido

O avanço dos shoppings tem relação direta com o comportamento de consumo. O modelo concentra conveniência e praticidade: o cliente encontra diferentes serviços e produtos em um mesmo espaço, com acesso facilitado e horários padronizados. Essa estrutura favorece o fluxo constante de pessoas e permite que as marcas tenham previsibilidade de operação e vendas.

A diversificação do mix também pesa. Lojas de alimentação, beleza, saúde e serviços se tornaram âncoras de tráfego diário, o que reduz a dependência das datas comemorativas. Além disso, o shopping passou a operar como ponto de integração entre o físico e o digital. Muitos consumidores compram online e retiram no local, ou fazem trocas diretamente nas lojas. Isso reduz custos logísticos e mantém o cliente em contato com outras vitrines.

Além disso, as administradoras têm usado dados de fluxo para ajustar o mix de lojas e negociar ocupações por desempenho, o que melhora o aproveitamento dos espaços. A realização de eventos e ações promocionais mantém o movimento entre os períodos de maior demanda e amplia a permanência média do visitante.

No panorama, o varejo enfrentou quatro quedas seguidas neste ano, e voltou a crescer apenas 0,2% em agosto.