Veículo: Money Times
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Data: 22/09/2025

Editoria: Shopping Pátio Higienópolis
Assuntos:

FIIs de shoppings entregam crescimento e geração de caixa, diz BTG; o que esperar do 3T25?

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FIIs de shoppings registram resultados positivos, com vendas em alta, vacância estável e inadimplência baixa (Imagem: Andrey X/ Canva Pro)

Os fundos imobiliários (FIIs) de shoppings acompanhados pelo BTG Pactual (BPML11GZIT11HGBS11HSML11VISC11 XPML11) tiveram, de maneira geral, um segundo trimestre (2T25) sólido, mesmo diante de um cenário macroeconômico restritivo, marcado principalmente pelos juros elevados.

Em relatório, o banco afirma que a combinação de um calendário comercial favorável e custos de ocupação controlados sustentou a performance positiva do setor.

taxa de vacância consolidada, por exemplo, ficou em 5,3% no período, praticamente estável em relação ao trimestre anterior (5,2%) e ao mesmo intervalo de 2024 (5,4%).

Já a inadimplência líquida recuou de 3,1% no 1T25 para 1,6% no 2T25, permanecendo em nível considerado saudável pela casa.

FIIs: taxa de vacância (%) FIIs: taxa de inadimplência líquida (%)
(Imagem: divulgação)

Efeito calendário

O BTG destaca que o chamado efeito calendário, com a Páscoa em abril, impulsionou a circulação nos shoppings e favoreceu a performance do setor.

O indicador de vendas nas mesmas lojas (SSS) avançou 7,4% na comparação anual, refletindo o bom desempenho do varejo em categorias como alimentação.

Por sua vez, o aluguel nas mesmas lojas (SSR) também apresentou evolução positiva, com alta de 5,3% em relação ao mesmo período de 2024, beneficiado pelo repasse gradual da inflação.

Perspectivas positivas, mas com desafios

Para os analistas Daniel Marinelli e Matheus Oliveira, que assinam o relatório, o curso ascendente deve se manter no curto prazo, apoiado pela baixa vacância, inadimplência reduzida e custos de ocupação sob controle.

“Para o próximo trimestre (3T25), a expectativa é de manutenção da trajetória positiva para os shoppings, o que deve continuar favorecendo a geração de caixa dos fundos imobiliários (FIIs)”, afirmam.

O banco ressalta, no entanto, que o ambiente macroeconômico segue desafiador, evidenciado pela queda do índice de confiança do consumidor nos últimos 12 meses — ainda que tenha mostrado leve recuperação em junho, especialmente entre famílias de menor renda.

“Com tudo na mesa, acreditamos que o segmento segue resiliente e entregando resultados positivos, consolidando sua atratividade como ativo gerador de renda estável”, completam.