O setor de varejo tem surpreendido em 2025 e entregado valorização expressiva na bolsa. Ações como as da C&A (CEAB3) já acumulam alta de três dígitos, chegando a 126%, enquanto empresas de outros segmentos, como alimentação e serviços, também entregam ganhos expressivos aos investidores.
Dê uma olhada no desempenho de alguns papéis:
Esse otimismo entre os investidores foi impulsionado no primeiro semestre do ano devido a resultados corporativos mais sólidos que o esperado pelo mercado.
Porém, os analistas do BTG Pactual alertam para uma possível virada na maré agora. Na visão da equipe de análise do banco, o consenso está mirando em mais cautela para o segundo semestre do ano.
Isso porque os próximos meses devem reservar ventos contrários no cenário macroeconômico. A expectativa do mercado é de que haja uma desaceleração do consumo das famílias devido ao alto patamar de juros, definido em 15% ao ano, que pode impactar diretamente a receita das varejistas.
Ou seja, essa mudança de rota pode ditar as escolhas para as carteiras de ações nos próximos meses:
“O posicionamento segue seletivo, ressaltando que os investidores continuam a favorecer resiliência, modelos de crescimento comprovados e empresas capazes de atravessar um ambiente macro mais fraco sem revisões negativas relevantes de lucros”, afirmaram os analistas em relatório.
Queda da Selic pode ser ofuscada pelo cenário macro; o que esperar do varejo?
Com a taxa Selic no pico de 15% ao ano, o mercado já começou a estimar quando haverá uma virada no ciclo de juros.
Embora a expectativa mais predominante entre os investidores seja um corte no início de 2026 – o que tende a favorecer as empresas do varejo – o caminho até lá pode ser mais desafiador para as companhias.
Como dito anteriormente, a diminuição no consumo ainda deve ofuscar as ações do setor neste semestre. Mas para os analistas do BTG, há dois principais fatores que podem impulsionar os ativos à medida que os meses avançarem:
- Continuidade da queda das taxas de juros reais de longo prazo; e/ou
- Manutenção das revisões positivas de lucros.
Porém, enquanto esses dois catalisadores não entram no radar do mercado, os analistas do BTG defendem a seletividade e a cautela para se expor ao setor.
Para a equipe de análise, existem alguns nomes que possuem resiliência nos lucros e que valem a pena estar na carteira. O banco defende a compra de quatro ações varejistas que, embora com os desafios do setor, estão em um bom ponto de entrada.
O potencial lucrativo desses papéis chega até 41%, segundo as estimativas dos analistas, e as ações fazem parte de diferentes segmentos do varejo.
VEJA QUAIS SÃO AS VAREJISTAS RECOMENDADAS PELO BTG PACTUAL
Quatro ações do setor chamam a atenção do BTG e podem saltar até 41%; quais são?
Apenas para dar um “spoiler” das quatro recomendações do BTG Pactual no setor de varejo, uma delas é a Lojas Renner (LREN3).
A ação da empresa de vestuário já valorizou mais de 30% neste ano, mas, na visão dos analistas, ainda pode entregar mais.
Entre os destaques recentes da companhia está a divulgação de resultados do 2º trimestre de 2025. A varejista apresentou um balanço forte e se tornou uma “tese convincente”, segundo o banco.
Não é à toa que há a projeção de que a ação LREN3 ainda tenha espaço para entregar lucros de até 41% em relação ao patamar de preço atual.
Mas a companhia não é a única recomendação do BTG no varejo. Como dito anteriormente, outras três ações são indicadas e estão em um bom ponto de entrada.
Os analistas do banco produziram um relatório completo que explica as perspectivas para o setor varejista no segundo semestre, além de revelar os nomes das quatro ações recomendadas para buscar lucros agora.
Lembre-se: uma delas você já sabe, é a Renner. Porém, existem outros papéis promissores que devem ficar no radar no cenário atual.
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