As taxas de Trump podem prejudicar e muito a moda brasileira que é hit nos EUA. O setor, famoso no país pelo beachwear, terá taxas altas – que podem chegar a 75% no caso dos biquínis. “Quando realmente vieram os 50% de sobretaxa, foi um susto muito grande. Muitas marcas dependem da exportação, cerca de 70% do faturamento delas vem disso”, afirma à Coluna Simone Jordão, consultora de grifes brasileiras no mercado internacional. Marcas queridinhas dos americanos, como Farm, Osklen, Água de Coco, PatBo e Dress To, podem ser impactadas.
Tarifaço do biquíni: a preocupação do setor de moda brasileiro com as taxas de Trump

Consultora de grifes brasileiras no mercado internacional Simone Jordão avalia que investir na qualidade das peças pode ser a solução.
Um dado que preocupa, diz Simone, é que: “71% dos americanos compram baseado no custo-benefício, segundo o último relatório do Informa, grupo que realiza as renomadas feiras de moda Coterie NY e a Magic LA, nos EUA. A competitividade ainda é um fator muito importante”.
A solução? Investir na qualidade, avalia a consultora. “78% dos consumidores nos EUA compram pensando na qualidade do produto. E as marcas do Brasil têm isso, têm conforto, refinamento.” Apesar do cenário, Simone destaca a resiliência brasileira: “Até agora, as marcas não disseram que ficou impossível exportar para os EUA”.
Uma das maiores feiras do setor no mundo, a Coterie NY terá, por enquanto, recorde de grifes brasileiras na edição de setembro: “das 57 que mostraram interesse, 42 estão confirmadas – em fevereiro, foram 27″, informa Simone.
