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A JHSF registrou lucro líquido atribuído aos acionistas de R$ 245,8 milhões no segundo trimestre, alta de 45,6% na comparação anual. A receita líquida da companhia cresceu 25,2%, para R$ 496,1 milhões.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) foi de R$ 347,7 milhões, crescimento de 59% sobre o segundo trimestre de 2024. Já o Ebitda ajustado, que desconta a linha de apreciação das propriedades de investimento (PPIs), foi de R$ 247,2 milhões, aumento de 21,9% em um ano.
A JHSF tem operação de incorporação residencial, aeroporto, shopping, casas para locação e clubes e hospitalidade, com foco no público de alta renda. No segundo trimestre, 61% do Ebitda ajustado da JHSF veio dos ativos de renda recorrente, que excluem a incorporação. Augusto Martins, diretor-presidente da empresa, destaca que o valor é recorde para o segmento, e que cada um dos cinco setores de renda recorrente contribuiu com pelo menos 20% do resultado, “o que mostra diversificação de risco e comprovação da tese de ecossistema único”, diz o executivo.
A companhia terminou o trimestre com dívida líquida de R$ 1,57 bilhão, alta de 39% em um ano, e uma relação de dívida líquida sobre Ebitda ajustado anualizado de 1,78 vez, ante 1,56 vez em junho de 2024.
Segundo Martins, o patamar de endividamento é “confortável” para a empresa. A relação da dívida sobre o patrimônio líquido ficou em 0,37 vez, ante um covenant (teto de dívida) de 0,60. “Teria margem para alavancar mais, mas pretendemos manter a companhia nesse patamar”, afirma.
Em um ano, a JHSF captou R$ 2,9 bilhões no mercado de capitais, para alongar a dívida. Conseguiu reduzir o custo médio em 0,66 ponto percentual, para CDI+0,98%.
Resultado por segmentos
O segmento de shoppings teve receita líquida de R$ 96,9 milhões, leve alta de 0,9%, com resultado líquido de R$ 14,9 milhões, queda de 78,7%. De acordo com Martins, o recuo se deve ao efeito da venda de participação em shoppings em Manaus e Salvador no segundo trimestre de 2024.
As vendas cresceram 17% na comparação anual, para R$ 1,2 bilhão. Martins ressalta o desempenho do shopping Cidade Jardim, que teve alta de 27% nas vendas no período, sem aumento de área bruta locável (ABL). Uma expansão de 6 mil metros quadrados será realizado no empreendimento, com a instalação de “flagship” da Chanel e crescimento de lojas de Dior, Prada e Tiffany&Co, conta.
A JHSF tem hoje 59,8 mil m2 de área bruta locável (ABL).
A área de hospitalidade, com hotéis e restaurantes, obteve receita líquida de R$ 115 milhões, alta de 16,1%, com lucro líquido de R$ 4,9 milhões, aumento de 109,3%.
O valor da diária média subiu 15,9% em um ano, para R$ 4,1 mil. O couvert médio dos restaurantes cresceu 7,8%, para R$ 348.
Neste mês a empresa abre um restaurante e beach club Fasano na região da Sardenha, na Itália, onde a JHSF também constrói um hotel, previsto para 2028.
A vertical de residências para locação e clubes contribuiu com R$ 38,7 milhões em receita líquida, crescimento de 105,6% em um ano, e com R$ 136,6 milhões de lucro líquido, ante prejuízo de R$ 9,9 milhões há um ano.
A companhia prevê para o terceiro trimestre a abertura do Fasano Tennis Club e para o quarto trimestre a inauguração do SP Surf Club, ambos na capital paulista.
O aeroporto Catarina, terminal de aviação executiva em São Roque (SP), trouxe receita líquida de R$ 65 milhões, alta de 47,8% em um ano, com lucro líquido de R$ 42,2 milhões, avanço de 137,1%. Houve alta de 64% nos pousos e decolagens e de 54% nos litros abastecidos.
A JHSF está expandindo o número de hangares do local, de 12 para 16, para atender a fila de espera do aeroporto. Dois hangares serão entregues no terceiro trimestre e o restante no quarto trimestre, segundo Martins. “Essa expansão traz alavancagem operacional muito grande”, afirma.
A JHSF Capital apresentou receita líquida de R$ 3,6 milhões, leve alta de 1,4% em um ano. O resultado líquido foi um prejuízo de R$ 400 mil, comparável ao prejuízo de R$ 1,5 milhão do segundo trimestre de 2024.
De acordo com o diretor-presidente, o braço financeiro vai criar, “no curto prazo”, fundos para os ativos da empresa, começando pelo de shoppings e de incorporação imobiliária. “Traz estrutura ainda mais robusta para a companhia na sua estrutura de capital”, diz.
A área de incorporação trouxe uma receita líquida de R$ 166,1 milhões, alta de 22,9%, com lucro líquido de R$ 105,9 milhões, avanço de 9,4%. Foram vendidos R$ 293,8 milhões no período, alta de 6,6%, e não houve lançamentos no trimestre. É uma estratégia de lançar menos para trazer “escassez” aos produtos, afirma Martins, acrescentando que parte da produção também é destinada ao segmento de locação de residências do grupo.
Como próximos lançamentos, a JHSF tem o Boa Vista Estates, no complexo Boa Vista, e o início de um novo complexo do grupo, o Fazenda Santa Helena, na região de Bragança Paulista (SP), que também terá clube e hotel. Ambos estão previstos ainda para o segundo semestre.
Depois desses projetos, há no pipeline torres conectadas ao SP Surf Club, com VGV previsto de R$ 2,3 bilhões.