A gestora de shoppings Iguatemi registrou um lucro de R$ 209,1 milhões no segundo trimestre de 2025, um crescimento de 173,9% sobre os R$ 76,3 milhões apresentados um ano antes — quase três vezes superior. Na mesma base de comparação, as receitas subiram 32,2%, para R$ 394 milhões.
Além do maior faturamento, os resultados da companhia foram impulsionados, em grande parte, pelo ganho de R$ 145,2 milhões na linha de “outras receitas operacionais” no segundo trimestre. De acordo com a companhia, esse valor refere-se substancialmente à venda do Complexo Market Place e do Shopping Galleria, que tiveram um impacto de R$ 139 milhões.
Em 30 de junho, a Iguatemi anunciou a conclusão do desinvestimento de 49% do Complexo Market Place e de 49% do Galleria Shopping. O valor total da transação foi de R$ 500 milhões, sendo R$ 294 milhões recebidos à vista no fechamento da transação.
Com esse ganho, o resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) somou R$ 433 milhões no trimestre, alta de 108,7% no ano, comparado com os R$ 207,4 milhões do segundo trimestre de 2024. A margem Ebitda, entre os períodos, saiu de 69,61% para 109,91%.
As vendas totais chegaram a R$ 6,3 bilhões entre abril e junho, um avanço de 27,4%. As vendas nas mesmas lojas também atingiram 12,1%, ante 4% apresentado um ano antes. A taxa de ocupação subiu de 95% para 96,4%. Já os aluguéis nas mesas lojas saíram de 2,9% há um ano para 10,4% no segundo trimestre deste ano.
O custo de ocupação médio no período foi de 10,5%, queda de 0,3 ponto percentual, enquanto a inadimplência líquida ficou em 0,3%, revertendo o resultado negativo de 1,4% apresentado um ano antes.
As despesas administrativas cresceram 14,8%, para R$ 32,3 milhões, ao passo que os custos de aluguéis e serviços avançaram 4%, para R$ 38,2 milhões.
O resultado financeiro líquido da companhia ficou negativo em R$ 171,5 milhões no trimestre, uma piora anual de 130,1% ante o resultado anterior de R$ 76,3 milhões negativos.
No fim de junho, a dívida líquida da Iguatemi era de R$ 2,38 bilhões, alta de 29,4% em comparação com a dívida reportada no final de março, em virtude da aquisição de participações nos shoppings Pátio Higienópolis e Pátio Paulista.