H&M abre primeira loja no Brasil em menos de um mês e oferece novo desafio a concorrentes como Lojas Renner (LREN3) e C&A (CEAB3)
Valor Investe — São Paulo
29/07/2025 13h08 Atualizado agora
A tão aguardada estreia da marca sueca de moda H&M no Brasil acontecerá em pouco menos de um mês e o mercado de moda se prepara para o impacto da inauguração. A rede vai abrir três lojas no país, além de um site próprio para vendas online. C&A (CEAB3), Lojas Renner (LREN3), Riachuelo, da Guararapes (GUAR3), e Zara estão entre os principais concorrentes mapeados pelo Santander Brasil.
O primeiro endereço inaugurado pela H&M no Brasil será no Shopping Iguatemi, em São Paulo (SP). A abertura ocorre 23 de agosto.
Em relatório, o Santander diz que a entrada da H&M no Brasil mexe principalmente com a Zara. O perfil de cliente e preços que a sueca busca colide de frente com o público-alvo da espanhola.
Assim, a H&M Brasil não deve atrapalhar os lucros das três principais varejistas de moda do Brasil, pelo menos pelos primeiros meses após sua inauguração.
De acordo com os analistas do banco espanhol, 20 dos vestidos mais vendidos por C&A, Lojas Renner e Riachuelo tem um preço médio 40% menor que o valor de R$ 199 anunciado pela H&M como preço de entrada para seus vestidos.
“É muito cedo para concluir que os preços (da H&M) serão competitivos como a companhia espera”, mencionam analistas do Santander em trecho do relatório. A equipe não prevê mudanças significativas na competição do varejo no curto prazo.
Contudo, a H&M é diferente de outros concorrentes estrangeiros que as redes brasileiras já enfrentaram no Brasil. Ela se encaixa na categoria de fast fashion, onde também atua a Zara. Ao longo do tempo, pode se provar uma competidora mais dura por ter escala para aumentar vendas.
A H&M quer montar uma cadeia de fornecedores no Brasil, e “a fórmula de sucesso no varejo de fast fashion pode permitir uma expansão mais rápida do que outras marcas estrangeiras que entraram no país”, afirmam analistas.
É mais uma marca de moda que precisará ser acompanhada com cautela por investidores de Renner (LREN3), C&A (CEAB3) e Guararapes (GUAR3), além de varejistas chinesas, como a Shein.
H&M desembarca no Brasil e pode mexer com concorrentes locais — Foto: Foto: Divulgação