Veículo: Valor Finanças
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Data: 17/07/2025

Editoria: L-Founders, Pão de Açúcar
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Ibovespa tem leve queda com cenário eleitoral no radar e sem apoio de Vale e Petrobras; GPA lidera ganhos

A liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em todos os cenários do 1º turno nas eleições do ano que vem volta a elevar a cautela de investidores no pregão, conforme nova pesquisa Genial/Quaest
Por Bruna Furlani, Valor — São Paulo
17/07/2025 10h32 Atualizado há 3 horas

Ibovespa tem leve queda com cenário eleitoral no radar e sem apoio de Vale e Petrobras

Ibovespa tem leve queda com cenário eleitoral no radar e sem apoio de Vale e Petrobras — Foto: Pixabay

Em uma sessão de baixa liquidez, o Ibovespa tem dificuldade para adotar uma tendência única durante o pregão. Depois de oscilar entre perdas e ganhos, o índice passou a apresentar um viés mais negativo no começo da tarde. O recuo das ações da Vale e da Petrobras ajuda a ampliar as perdas.

A liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em todos os cenários do 1º turno nas eleições do ano que vem, conforme apresentou nova pesquisa Genial/Quaest, divulgada hoje, ajuda a elevar a cautela de investidores no pregão. Além disso, as incertezas tarifárias permanecem no radar, enquanto agentes financeiros monitoram ainda discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed, banco central americano).

Por volta das 13h10, o Ibovespa tinha leve queda de 0,16%, aos 135.294 pontos, distante da mínima de 135.016 pontos. Na máxima, o índice chegou a tocar os 135.792 pontos. O volume financeiro projetado para o Ibovespa na sessão é de apenas R$ 13,7 bilhões, o que ajuda a incrementar a oscilação de preços.

Em Wall Street, o movimento registrado pelas bolsas americanas era positivo: o Nasdaq subia 0,82%; o S&P 500 avançava 0,51%; e o Dow Jones tinha ganhos de 0,49%.

No horário acima, as ações da Vale cediam 0,13%, ao passo que as PN da Petrobras tinham perda de 0,82%. Já o destaque positivo entre as blue chips ficava para as ações PN do Itaú, que subiam 1,34%.

Segundo participantes do mercado, um dos motivos que ajudaram a ampliar o desempenho mais negativo do Ibovespa desde o “tarifaço” do presidente americano, Donald Trump, na semana passada, é a saída de investidores estrangeiros da bolsa local.

Dados da B3 mostram que os investidores estrangeiros acumulam já seis sessões seguidas de retiradas no segmento secundário da B3 (ações já listadas). Apenas na terça-feira (15), número mais recente, as retiradas somam R$ 1,1 bilhão.

Já o investidor institucional remou na contramão e aportou R$ 672,4 milhões no mesmo dia, somando quatro sessões seguidas de entradas.

Ainda que alguns investidores institucionais tenham aproveitado a queda recente para alocar, outros permanecem em compasso de espera, caso do gestor de renda variável da Western Asset, Gutohypegpa Leite.

“Como institucional, a gente está cauteloso. A gente está olhando casos específicos e que podem ter sofrido muito. Um papel é o da Smart Fit. Subiu bem no primeiro semestre porque achamos que teve um fluxo estrangeiro para o nome. Se houver um exagero, a gente pode aumentar a posição”, pondera o executivo.

Segundo Leite, a discussão tarifária adotada pelos EUA contra o Brasil tem viés político e parece mais complexa do que a negociação feita com outras nações em que o foco é mais comercial e não político. “Entendemos a dinâmica do Trump de ir e voltar [nas negociações], mas parece que o caso brasileiro tem uns elementos diferentes. Os EUA têm superávit comercial com o Brasil”, observa.

Entre as maiores perdas na sessão estão as ações da Hypera, que cedem 3,22%, ao passo que as ações do GPA lideram novamente os ganhos, no valor de 5,95%, ampliando a alta de quase 11% da véspera. Investidores repercutem ainda a notícia de ontem que a soma das ações da família Coelho Diniz bateu 10% em maio e que já estaria perto de 18%, ou seja, mais próximo do grupo francês Casino, que possui 22,5% da companhia.