Com mensalidades de até R$ 2,5 mil, a novata rede de academias Six Sport Life treina pesado para competir no segmento premium, liderado por Bodytech, com mais de 90 unidades, e Bio Ritmo, da SmartFit, com cerca de 30.
Após estreia em Brasília em março do ano passado no Noroeste, no paulistano Itaim um ano depois e uma segunda unidade na capital federal, no Lago Sul, um mês atrás, a marca “seis estrelas” chega ao Jardim América em setembro. As próximas unidades devem incluir o bairro Belvedere, em Belo Horizonte, Boa Viagem, em Recife, Meireles, em Fortaleza, e a cidade de Campinas.
O fundador da Six é o empresário Eilson Studart, que foi sócio da rede de restaurantes Coco Bambu por 16 anos, período em que foram abertas 70 unidades pelo país. Em 2023, ele vendeu a participação para o fundador da rede, Afrânio Barreira. A migração para o universo fitness aconteceu depois que Studart se deu conta que gastava R$ 3 mil com academia, personal trainer, nutrólogo, suplementos e outras despesas relacionadas.
“Notei que conseguiríamos ofertar a mesma coisa, mas por um tíquete menor”, diz o empresário. Na mensalidade, a Six inclui personal, spinning, yoga, piscina, sauna, crioterapia e beach tennis, amenidades como concierge, valet, spa com cabeleireiro, barbeiro e manicure, e até brinquedoteca.
O objetivo é tornar a academia um ambiente em que o cliente pode resolver a maior parte possível do seu cotidiano de saúde, da fisioterapia à nutrição e estética. Para se recompor, um bar com drinques isotônicos e proteicos. O empresário investiu na estrutura: os equipamentos, da marca Technogym, conectam-se a relógios e pulseiras por bluetooth.
Com iluminação natural e tons terrosos, a Six quer distância das salas escuras e luzes piscantes. “As academias atuais parecem um ambiente de balada”, critica o médico Leandro Vaz, também sócio da Six. “Quando o ambiente é agradável, você passa mais tempo. No nosso caso, o tempo médio do cliente é de três horas.”
Segundo Vaz, a Six tem rentabilidade média de 35% a 40% por unidade e o lucro é reinvestido nas novas unidades. A dupla levantou a academia de Brasília com R$ 12 milhões próprios. As seguintes tiveram financiamento bancário. Studart e Vaz dizem ter entre 80% e 90% do negócio e o remanescente fica com os sócios chamados para gerenciar cada unidade.