A C&A encerrou formalmente sua parceira de serviços financeiros com o Bradesco e o saldo do distrato foi até um pouco melhor do que os analistas esperavam.
A varejista fez a liquidação integral do pagamento de R$ 651 milhões ao Bradesco, em linha com as estimativas de mercado, originalmente com vencimento em julho de 2025. Essa obrigação se referia à recompra de direitos para oferecer produtos e serviços financeiros que antes eram distribuídos exclusivamente pelo Bradesco.
A empresa também vendeu seus direitos relacionados à carteira co-branded Bradescard por R$ 170 milhões, antes dos impostos – o que representa um impacto líquido de R$ 133 milhões no caixa (o que equivale a cerca de 2,5% do atual de valor de mercado da varejista). A conta do Itaú BBA para o valor presente líquido nessa parceria, estabelecida em 2009, era de R$ 90 milhões.
Com isso, a C&A agora controla totalmente sua operação de serviços financeiros. “Embora o potencial financeiro de curto prazo seja modesto, este anúncio reforça a mudança estratégica mais ampla da C&A em direção à verticalização de seus serviços financeiros. A monetização do portfólio legado a um valor acima do esperado adiciona conforto incremental em torno da execução e ajuda a organizar a última etapa da transição para longe do Bradesco”, avaliam os analistas do BBA.