Grupo Pão de Açúcar avança na agenda de sustentabilidade

Um dos avanços mais significativos está relacionado a um dos tópicos prioritários da agenda ESG, o combate às mudanças climáticas. Em 2024, o grupo varejista atingiu a meta de 100% do consumo de energia de média tensão renovável em lojas, abastecidas pelo Mercado Livre.

Em relação à redução de emissões de carbono dos escopos 1 e 2, o resultado do ano passado foi de 51%, antecipando a meta de 50% estabelecida para 2025 (ano-base 2015), o que fez com que a companhia definisse seus objetivos de médio e longo prazos: reduzir 60% até 2030 e 70% até 2040.

Outro destaque é a jornada de diversidade, equidade e inclusão. O GPA atingiu a marca de 49,6% de mulheres líderes, em linha com o objetivo de 50% até o final de 2025, e segue ultrapassando seus compromissos de ter mais de 50% de colaboradores negros no quadro (62,5%) e de negros em cargos de liderança (58,7%).

Os indicadores de redução das emissões de carbono e a presença de mulheres na liderança fazem parte do painel de compromissos ESG que tem seus resultados atrelados à remuneração variável da liderança e de cargos elegíveis. “Integramos a sustentabilidade à estratégia corporativa e contamos com métricas unificadas para toda a companhia para uma atuação efetiva e intencional nesses temas”, destaca Erika Petri, diretora-executiva de Sustentabilidade, Recursos Humanos e Comunicação do GPA.

Mais do que investir em sustentabilidade dentro de casa, a companhia entende que, para fornecer produtos mais responsáveis, é preciso ter uma cadeia de valor engajada e alinhada a essa agenda. “Pautamos nossa relação com os milhares de fornecedores nas normas e regulamentações legais, e em nossas políticas, revisadas constantemente e alinhadas às melhores práticas de mercado”, afirma Erika.

Nessa frente algumas metas já foram atingidas e são acompanhadas anualmente: 100% do óleo de palma com origem identificada nos produtos de marcas próprias e exclusivas; e 100% dos frigoríficos de carne bovina comprometidos publicamente com o bem-estar animal.

No ano passado, as plataformas de e-commerce passaram a exibir um selo nos produtos que contemplam o bem-estar dos animais, incentivando o consumo consciente desses produtos. Os compromissos nesse tema também estão presentes nas cadeias de carne suína, ovos e frangos de corte até o ano de 2028. “Em 2024, demos continuidade ao engajamento da nossa cadeia, realizando auditorias, visitas e conversas com nossos fornecedores para que possamos mapear as boas práticas de manejo e de bem-estar na produção e apoiá-los na implementação de planos de ação para eventuais melhorias, alinhados aos nossos compromissos”, conta a diretora.

Olhando para o apoio aos pequenos produtores, a companhia possui um programa exclusivo, o Caras do Brasil. Existente há mais de 20 anos, ele incentiva as culturas regionais, dando espaço a produtos típicos de diferentes regiões do Brasil produzidos de forma sustentável por pequenos produtores, respeitando a sazonalidade e a capacidade de produção de cada um deles. Essa iniciativa também está ligada a parceiros, como a rede Origens Brasil, da ONG Imaflora, que promove negócios que valorizam os povos da floresta e a Amazônia viva.

O GPA atua intencionalmente em processos de atração e seleção que consideram a diversidade, a equidade e a inclusão. São vagas afirmativas, participação em feiras e eventos, parcerias com organizações especializadas, além de um programa de estágio 100% afirmativo. Reforçando esse tópico, em 2025, foi iniciada uma parceria com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) e o Fórum de Empresas com Refugiados para contratação desse público. Atualmente a companhia conta com mais de 400 pessoas refugiadas no seu quadro de colaboradores.

O Grupo também incentiva seus colaboradores a serem agentes de transformação por meio do Colabora, programa de voluntariado corporativo. Para o ano de 2024, a meta de participações voluntárias era de 700; entretanto, esse número foi superado e chegou a 1.196, com ações promovidas pelo Instituto GPA e realizadas diretamente em sua plataforma de voluntariado, disponibilizada para 100% dos colaboradores.

O engajamento de colaboradores, parceiros e clientes também contribui com o impacto positivo na sociedade. Um exemplo são as campanhas de arrecadação de alimentos, em que os clientes são convidados a colaborar com doações de alimentos não perecíveis mensalmente nas lojas. No ano passado, foram arrecadadas 853 toneladas destinadas a mais de 150 organizações sociais em todo o Brasil.

Outro projeto de impacto é o Parceria Contra o Desperdício, que já tem 30 anos, sendo o mais longevo da companhia. “O programa destina frutas, legumes e verduras apropriados para o consumo, mas esteticamente não atrativos para a venda, para organizações sociais e bancos de alimentos”, explica Erika. No último ano, foi doada 1,2 tonelada de alimentos, apoiando na complementação de mais de 2,2 milhões de refeições.

Em 2024, o Grupo recebeu nota “A-” no ranking do Carbon Disclosure Project (CDP), uma das principais iniciativas para medir a conscientização, a gestão de riscos e as melhores práticas relacionadas às mudanças climáticas. Além disso, pelo quinto ano consecutivo, a companhia foi selecionada para integrar a Carteira 2025 do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3, um indicador do comprometimento das empresas com a sustentabilidade, importante para apoiar investidores na tomada de decisão.

Vale ressaltar que, desde 2011, o Grupo Pão de Açúcar se mantém na carteira Índice Carbono Eficiente (ICO2), o que demonstra o compromisso com uma cadeia de valor mais consciente e dedicada à construção da economia de baixo carbono.

A companhia também foi reconhecida no Índice de Equidade Racial Empresarial (Iere) 2024, no 4º Fórum Internacional de Equidade Racial Empresarial; também como uma das 79 melhores empresas para pessoas LGBTQIA+ trabalharem no Brasil, segundo pesquisa realizada pela Human Rights Campaign Foundation (HRCF); e recebeu destaque na Pesquisa Ethos/Época de Diversidade, Equidade e Inclusão.