Veículo: Folha de S.Paulo - Folhinha
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Data: 05/06/2025

Editoria: Shopping Pátio Higienópolis
Assuntos:

Alunos do Colégio Equipe, em SP, discutem racismo e planejam iniciativas

Talvez você tenha acompanhado um episódio que ocorreu no final de abril, quando dezenas de alunos do Colégio Equipe, na região central de São Paulo, fizeram uma manifestação no shopping Pátio Higienópolis, a algumas quadras dali.

Era um protesto contra o racismo. Isso porque, segundo os estudantes, dois colegas deles, ambos negros, haviam sido vítimas de preconceito quando comiam na praça de alimentação do lugar, dias antes. Uma segurança teria achado que os meninos, de 12 anos, estavam pedindo dinheiro ali.

Desenho produzido por estudante do Colégio Equipe após protesto antirracista no Shopping Higienópolis
Desenho produzido por estudante do Colégio Equipe após protesto antirracista no Shopping Higienópolis – Reprodução

O caso movimentou a escola, e alunos de várias idades foram levados a refletir sobre o combate ao racismo. Quem esteve por trás dos debates foi o Equipreta, um grupo que reúne vários dos alunos dali e que foi criado a partir de uma ideia de Iza Cortada, orientadora do colégio paulistano, para falar de temas como discriminação.

Dentro e fora das salas de aula, os estudantes mais velhos produziram cartazes, e os mais novos fizeram desenhos, como os que estão nesta página.

Foram eles também que organizaram o protesto no shopping. Num texto escrito enviado à Folhinha, alunos do ensino médio contam como foi o ato.

“Cantos de resistência e frases antirracistas foram entoadas. Cartazes e instrumentos coloriram a manifestação. As crianças do Equipreta lideraram o protesto com a canção ‘Que Bloco é Esse?’, seguida pelos estudantes do ensino médio, que acompanhavam a música com tambores, agogôs e chocalhos. Era uma manifestação pacífica e estudantil contra o racismo”, diz o texto.

Depois do episódio, os alunos pensaram em ideias para o futuro. Propõem fazer um documentário a respeito da luta contra o racismo, um projeto literário sobre o assunto e uma parceria com a Universidade Zumbi dos Palmares, que é voltada a pessoas negras.

A Folhinha também procurou o shopping para falar sobre o caso. O centro comercial diz que “trata o assunto com a máxima seriedade e rigor, mantendo o compromisso de oferecer um ambiente seguro, respeitoso e acolhedor para todas as pessoas”.